Alvinegros e celeste chegarão em dezembro com as contas no vermelho. Isto é o que garante um estudo feito pelo Itaú BBA, banco de investimentos do grupo Itaú. De acordo com a projeção realizada, a situação será crítica nos cofres de Atlético e Cruzeiro. Segundo o estudo, os mineiros serão os clubes brasileiros com maior prejuízo na temporada. Além dos rivais, somente o Internacional, entre os considerados ‘grandes’, apresentará desempenho negativo.
A análise (divulgada pelo site da ESPN), que aponta o prejuízo EBITDA – diferença entre receitas e despesas antes do pagamento de impostos, juros e amortizações –, mostra que a situação do Atlético é a mais grave, com um saldo negativo de R$25 milhões no fim do ano. Já o Cruzeiro terá R$ 6 milhões a menos de prejuízo do que o arquirrival. O Colorado fechará o ano com R$3 milhões negativos.
Sobre o Atlético:
“Em 2014 o clube conseguiu se segurar com o dinheiro da venda de Bernard em 2013, mas depois disso não houve entrada adicional consistente. Se não cortou custos em 2015 – e pelo elenco de boa qualidade e quantidade que manteve para a disputa da Libertadores e do Brasileiro, adicionado de algumas contratações, parece não tê-lo feito – vai sofrer ao longo do ano”, pondera o estudo.
Sobre o Cruzeiro:
“O clube está longe de apresentar uma gestão financeira moderna e que busca uma folga financeira, levando ao extrema a ideia de que clube de futebol não precisa de lucro, precisa de títulos. É verdade, mas no meio do caminho pode ter que lidar com alguma temporada na Série B, como quase aconteceu há alguns anos”, diz o Itaú BBA.
Veja as previsões do Itaú BBA para o final de 2015:
Atlético-MG: prejuízo de R$ 25 milhões
Botafogo: lucro de R$ 3 milhões
Corinthians: lucro de R$ 17 milhões
Cruzeiro: prejuízo de R$ 19 milhões
Flamengo: lucro de R$ 89 milhões
Fluminense: lucro de R$ 29 milhões
Grêmio: lucro de R$ 42 milhões
Internacional: prejuízo de R$ 3 milhões
Palmeiras: lucro de R$ 63 milhões
Santos: lucro de R$ 14 milhões
São Paulo: lucro de R$ 9 milhões
Vasco: lucro de R$ 7 milhões