HQ repassa história da 1ª bomba atômica

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
28/07/2014 às 07:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:32
 (Divulgação)

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Uma das vertentes mais interessantes do universo das HQs é a que se incumbe de transportar, para este formato, acontecimentos da história mundial. E é oriundo deste nicho que chega agora ao mercado “Trinity – A História em Quadrinhos da Primeira Bomba Atômica” (Editora Três Estrelas, 154 páginas, P&B), do norte-americano Jonathan Fetter-Vorm (tradução de André Czarnobai).   O autor ostenta, em seu currículo, uma credencial importante: estudou história e artes visuais em Stanford, além de ser cofundador do selo editorial Two Fine Chaps e de ilustrar e editar obras clássicas de ciência e literatura. O que faz com que o leitor se sinta guiado por mãos seguras.   “Trinity”, os mais enfronhados na história da segunda guerra sabem, vem a ser o nome do primeiro teste de bomba atômica da história – realizado em 16 de julho de 1945, em sigilo absoluto, no deserto do Estado do Novo México.     Prometeu   O início da trama remete o leitor ao mito de Prometeu, castigado por dar aos humanos um conhecimento para o qual não estavam preparados. Logo na sequência, o texto se desloca para 1889, mais especificamente para Paris, onde Marie Curie e o marido, Pierre, descobrem os elementos polônio e rádio e, por consequente, a radioatividade. Um salto de 13 anos leva o leitor ao físico Ernest Rutheford e, daí, a HG Wells e seu “World Set Free”, romance que trata de uma guerra mundial entre duas superpotências, cada uma controlando um arsenal devastador de armas “atômicas”.   A história avança abarcando outros químicos e suas extraordinárias descobertas (como a fissão) até chegar à criação de uma arma das mais poderosas da história da humanidade: a temida bomba atômica. Que os Estados Unidos tratam de criar após o episódio Pearl Harbor (1941), embrionariamente sob o nome Projeto S-1, cuja frente foi assumida pelo general Leslie Groves.     Hiroshima   E eis que entra em cena o físico Robert Oppenheimer. Aliás, os eventos seguintes podem ser filtrados pelas próprias palavras do cientista: “Nós sabíamos que o mundo não seria mais o mesmo”. Ou, ainda, por uma frase pinçado do “Baghavad Gita”, também citada na obra: “Agora eu me tornei a morte. O destruidor de mundos”.   O que se confirmou com um dos episódios mais tristes da história da Humanidade, os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, e suas consequências. Em tempo: ao fim, o livro sugere livros, filmes e sites de conteúdo afim.

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