Volante Diogo Mucuri, ex-atleta da Raposa, foi salvo por um desfibrilador

Gláucio Castro - Hoje em Dia
27/10/2014 às 08:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:47
 (Cristiano Couto)

(Cristiano Couto)

Os cuidados cada vez maiores no futebol profissional têm contribuído consideravelmente para reduzir o número de mortes súbitas em campo. Em 2006, o volante Diogo Mucuri, do Cruzeiro, então com 20 anos, sofreu um infarto na Toca da Raposa II e foi salvo graças ao rápido socorro e ao uso correto do desfibrilador.

“Sem esse atendimento, a situação poderia ter sido bem diferente. Não é uma regra, mas a gente costuma dizer que, num caso desse, cada minuto perdido reduz em 10% a chance de vida do paciente”, explica o médico do clube celeste, Sérgio Freire Júnior.

Para o ortopedista, os cuidados hoje em dia são muito maiores. “Às vezes, a gente vai jogar em algum campo que está em péssimas condições em todos os sentidos, mas se não tiver desfibrilador e uma ambulância, a partida não começa”, comemora o médico.

Recuperado, Diogo Mucuri vive atualmente no interior de São Paulo e está impedido de fazer qualquer atividade física. A reportagem tentou conversar com o atleta, mas o jogador evita falar sobre o ocorrido, que o deixou bastante abalado psicologicamente.

Na justiça, Diogo move uma ação contra o ex-clube e contra a empresa Merck Sharp & Dohme Farmacêutica LTDA, responsável pela fabricação do anti-inflamatório Arcóxia 120 mg, medicamento que o ex-jogador aponta como fator responsável pelo infarto. O Cruzeiro e a empresa se defendem e garantem que o atleta já sofria de uma doença cardíaca.

Sorte parecida teve o meia Fabrice Muamba, do Zaire. Em uma partida válida pelo Campeonato Inglês de 2012, o jogador também foi vítima de um mal súbito em campo. Depois de mais de uma hora de massagens cardíacas, a equipe médica conseguiu reanimá-lo.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por