O presídio de Leopoldina ganhou um reforço nas aulas de música que são lecionadas para os detentos. A coordenadora do projeto e professora de flauta, a assistente social Patrícia Jobim Santos descobriu entre os presos um músico com habilidade suficiente para ensinar seus "colegas". Sérgio Henrique Filaretti agora dá aulas de violão e teclado, retomando a carreira iniciada ainda na infância. Criado no circo, cedo aprendeu a tocar diversos instrumentos que faziam parte de seu Palhaço Proveta.

“Palhaço nunca fica triste, mesmo quando está preso. A música e o Proveta estão aqui para trazer alegria e esperança de uma vida melhor”, diz Filaretti.

A Secretaria de Estado de Defesa Social inclusive adquiriu um novo teclado para dar impulso à educação musical no presídio. Uma ONG local também contribuiu com algumas flautas e Elizabeth Silva, professora da escola do presídio, e dois presos doaram três violões.

Patrícia aposta que a turma, que atualmente conta com quatro estudantes, vai crescer. Formada pelo Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, de Juiz de Fora, a servidora da Seds acalentava há algum tempo o sonho de dar aulas para os presos. “A música é vida, emoção sentimento, transformação e tudo isto faz uma falta enorme no ambiente carcerário”, explicou.

O diretor-geral da unidade, Rodrigo Camargo de Melo, confirma o clima positivo trazido pela música na unidade prisional. “Mais de vinte presos já solicitaram vagas na turma de educação musical. Vamos procurar atender, observando os critérios de classificação e segurança da unidade”, disse.

Predomina no repertório das aulas MPB e música religiosa.

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