BH vista do céu: novo mapa aéreo da cidade custará R$ 12 milhões

Alessandra Mendes e Danilo Emerich - Hoje em Dia
11/11/2014 às 07:08.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:58
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Ferramenta básica aos propósitos de planejamento urbano de Belo Horizonte, o aerolevantamento – banco de dados produzido a partir de fotos aéreas da cidade – está defasado há anos. Para atualizar as informações, que servem de subsídio para intervenções nas áreas de mobilidade, assentamentos urbanos e análises hidrográficas, foi aberta licitação para um novo levantamento. O trabalho, orçado em cerca de R$ 12 milhões, só deverá ser concluído em 2016.

Hoje, praticamente todas as informações cadastrais da capital podem ser analisadas em mapas digitais. O problema é que esses documentos são de 2007, quando foi realizado o último aerolevantamento, e, desde então, a cidade já sofreu diversas alterações. Algumas dessas mudanças foram feitas com base nos dados dos mapas, como as intervenções para a Copa do Mundo e obras viárias.

“Os produtos gerados a partir da cobertura das fotos aéreas digitais permitirão diversas análises espaciais para o correto monitoramento urbano e futuras melhorias em diversas áreas”, explica o gerente de Cadastros Tributários da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Roberto Freitas. Análises de áreas de risco, estudos de terrenos para intervenções na drenagem pluvial e fluvial e altura da vegetação são apenas alguns dos itens que podem ser trabalhados.

Vantagens

“Isso é essencial para a cidade porque estamos falando de planejamento e gestão territorial. Você consegue não só pensar nas intervenções, como monitorar toda a dinâmica urbana”, avalia o conselheiro do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG), Sérgio Myssior. Para o urbanista, uma melhoria que pode ser feita a partir da conclusão do novo estudo é a disponibilização dos dados para especialistas e pesquisadores.

Além das questões voltadas para obras, outro aspecto a ser trabalhado é o imobiliário. Os mapas atualizados serão capazes de identificar acréscimos nas edificações, cálculo de altura e alterações que impactam nos impostos municipais. “Os imóveis selecionados a partir da comparação desse levantamento com o anterior serão vistoriados in loco para obtenção de informações específicas”, afirma Freitas.

Para o trabalho de produção dos mapas digitais, são utilizadas aeronaves especiais e equipamentos fotográficos de alta tecnologia, estações fotogramétricas digitais e equipe técnica habilitada.

A licitação para a escolha da empresa que vai executar o serviço foi aberta na semana passada e a entrega dos envelopes está marcada para o dia 23 de dezembro. De acordo com a PBH, após a homologação da licitação, que deve ocorrer no ano que vem, a empresa tem 15 meses para concluir o trabalho.

Análises de superfície e mapeamento 3D

Aerolevantamento é o método de produção de mapas digitais a partir de fotos obtidas com avião. Diferente das imagens que estão disponíveis na internet por meio do Google Earth, o serviço, feito com perfilhamento a laser, permite também análises de superfície e mapeamento 3D de toda a cidade. Usos práticos para a população do levantamento feito em 2007 pela PBH, como um mapa interativo com dados de educação, saúde e outros itens, podem ser acessados no gestaocompartilhada.pbh.gov.br.

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