(Editoria de Arte)
A primeira fase da Copa do Brasil reservou para hoje um duelo recheado de semelhanças e diferenças entre os rivais. Em um dos jogo das 21h45, em Campina Grande, Paraíba, duas “velhas raposas” batalham pela sobrevivência na competição. De um lado estará o Campinense, fundado em 1915; do outro, o Cruzeiro, em 1921.
Além de terem o mesmo mascote, mineiros e paraibanos dividem outros aspectos em comum. O nome dos Centros de Treinamento (Toca da Raposa) é um deles.
Outra curiosidade é que os maiores rivais de Campinense e Cruzeiro, Treze e Atlético, respectivamente, têm o Galo como mascote.
Da presidência dos clubes vem a terceira semelhança. Em Minas, Gilvan de Pinho, mandatário celeste, foi um dos responsáveis pelos títulos nacionais de 2013 e 2014. Na Paraíba, outro Gilvan – esse com sobrenome Barbosa – foi o homem forte do Campinense quando a equipe voltou às atividades, em 1954, após três décadas de inatividade no futebol.
Disparidades
No entanto, as semelhanças entre os adversários desta noite param por aí.
Tetracampeão da Copa do Brasil (1993/96, 2000/03), o Cruzeiro terá pela frente um rival que jamais passou da segunda fase da competição.
Superiores técnica e financeiramente, os mineiros goleiam também nas arquibancadas. Enquanto os celestes ostentam mais de 8 milhões de torcedores espalhados pelo país, os rubro-negros somam pouco mais de 300 mil.
Apesar de tanta disparidade, os comandados do técnico Deivid estão cientes que não terão vida fácil fora de casa. “Camisa não ganha mais jogo, se não correr dentro de campo, não dar a vida, não ganha de nenhum time”, comenta o atacante Alisson.
Em alta após eliminar o Sport e garantir-se na final da Copa do Nordeste, porém, o time paraibano se encheu de moral para frear a arrancada celeste na competição nacional.
Para eliminar o jogo de volta, em Belo Horizonte, o Cruzeiro precisa derrotar o Campinense por, no mínimo, dois gols de diferença.
Bom de largada
Estrear na Copa do Brasil com o pé direito é fato comum para a Raposa mineira. Prova disso é que o clube celeste foi derrotado apenas uma vez neste milênio. O revés aconteceu no ano passado, justamente contra o Palmeiras, que sagrou-se campeão.
Em dez edições disputadas desde 2000, os mineiros estrearam com vitórias em sete oportunidades, empataram outras duas e perderam apenas uma.
Em outras seis edições (2001, 04, 08,09, 10 e 11), a equipe classificou-se para a Libertadores e, devido ao regulamente antigo, acabou de fora da competição.