Lençóis Maranhenses: uma vista de outro mundo

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
30/04/2014 às 07:55.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:22
 (George Steinmetz/Corbis)

(George Steinmetz/Corbis)

Imagine-se numa bela praia do litoral maranhense. Areia quase branca, céu azul, água em tons esverdeados. Aí você começa a caminhar rumo ao interior. Só que a praia não acaba. Você continua andando na areia, por horas e horas. E aí se depara com uma lagoa de água doce, seguida por uma duna imensa, e vem outra lagoa, e muita areia em volta. Você está nos Lençóis Maranhenses, uma das paisagens mais incríveis e sedutoras do Brasil.

É como se fosse um deserto ligado ao litoral, como se houvéssemos atravessado o Atlântico e chegado à África setentrional, onde domina o Saara. Os Lençóis Maranhenses compõem um dos mais belos e inusitados cenários naturais do Brasil.

O Parque Nacional, de mesmo nome, ocupa uma área gigantesca, de 155 mil hectares, e tem o município de Barreirinhas como a principal cidade. O parque também abrange Santo Amaro e Primeira Cruz, ambas no Maranhão.

É de Barreirinhas que saem as principais excursões aos Lençóis, sempre utilizando jipes Toyota Bandeirante, que aguentam o tranco. Afinal, atravessar quilômetros e quilômetros de areia não é fácil.

Junho é o auge

Pela sua localização, os Lençóis Maranhenses têm um clima relativamente estável a maior parte do ano. Ou seja: faz calor quase o tempo todo. A melhor época é a partir de junho, quando, devido às chuvas, as lagoas estão mais cheias. Mas mesmo agora, em maio, você já terá a chance de se maravilhar diante de paisagens tão belas, e com temperaturas um pouco mais amenas do que o normal.

É impossível chegar à região dos Lençóis Maranhenses sem experimentar uma sensação única. Os adjetivos se sucedem – extasiado, maravilhado, embasbacado, boquiaberto – numa tentativa de descrever o que só os melhores poetas talvez conseguiriam. É assim que você se sente ao se deparar com aquelas dunas que parecem não ter fim, aquele sol, as lagoas de água cristalina, a poluição zero, o silêncio total.

Tem hora que parece que você está isolado de tudo. É como estar num mundo que nunca imaginou existir. Repare bem: se fechar os olhos, aguçando os ouvidos, o único som que você vai escutar é a canção do vento soprando. Um instante de pura magia e poesia. Um encontro do ser humano consigo mesmo, com sua intimidade. Nada melhor para recarregar as energias, “dar um tempo” na vida corrida, no estresse do dia a dia e na poluição.

A tonalidade da água das lagoas varia do verde claro ao azul bem intenso. Algumas chegam a ter 2 quilômetros de extensão por 5 metros de profundidade. São formadas pelas águas das chuvas.

As palavras parecem faltar quando se trata de definir esse grande deserto de dunas e areias brancas estendidas, como um imenso lençol caminhando na direção do Atlântico.

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