Ministro sírio rejeita saída de Assad e critica EUA

Agencia Estado
20/01/2013 às 18:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:49

Damasco, 20/01/2013 - O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, rejeitou a ideia de uma possível deposição do presidente Bashar Assad. Em entrevista à TV estatal, ele afirmou que os que exigem o afastamento de Assad querem somente derramamento de sangue no país. Na noite de sábado, Muallem destacou que os EUA e a Rússia foram incapazes de chegar a um acordo sobre a Síria "porque não concordam sobre o significado de um 'período de transição'".

"Os EUA continuam encarando a saída do presidente como uma condição para a mudança no regime, ignorando o fato de que o capitão de um navio emborcado não saltará no primeiro barco", afirmou. "Enquanto os americanos e outros conspiradores, incluindo sírios, apegam-se a essa condição, isso significa que eles querem a continuidade da violência e a destruição da Síria." Segundo Muallem, apenas o povo sírio pode decidir "por meio de sua escolha nas urnas" o destino de Assad.

A oposição na Síria tem insistido na partida do líder como um pré-requisito de qualquer negociação para resolver o conflito de 22 meses que deixou mais de 60 mil mortos, segundo dados das Nações Unidas.

Muallem também atacou o enviado de paz da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, por "adotar uma posição que representa os Estados Unidos e o Golfo, conspirando contra a Síria".

Integrantes da Coalizão Nacional Síria, que reúne diferentes opositores ao regime sírio, se encontraram no domingo em Istambul, na Turquia, em uma tentativa de nomear um primeiro-ministro no exílio.

A coalizão discutia a ideia de um governo no exílio, mas surgiram diferenças entre os membros do grupo, incluindo sobre quem deve liderar o novo executivo, disse uma das autoridades da coalizão. "Foi feita uma proposta para nomear Riad Hijab, mas ela foi alvo de muitas críticas", ressaltou, sob condição de anonimato.

Hijab atuou como primeiro-ministro do governo Assad, mas desertou em agosto do ano passado e, desde então, tem trabalhado em estreita colaboração com os dirigentes turcos para ajudar a reestruturar a fragmentada oposição síria. As informações são da Dow Jones.
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