Cardozo promete analisar nesta quinta-feira medidas contra divulgação da gravação de Dilma

Estadão Conteúdo
17/03/2016 às 11:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:50

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira, que a cúpula jurídica do governo irá analisar nesta quinta-feira, 17, quais medidas devem ser tomadas com relação à divulgação na quarta-feira, 16, de uma conversa privada entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente e novo ministro da casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Falei com a presidente Dilma e com o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, e nos parece que há uma evidente ilegalidade na divulgação da gravação", disse Cardozo após cerimônia de posse dos novos ministros no Palácio do Planalto.

Na avaliação do advogado-geral, o conteúdo da gravação não poderia ter sido divulgado sem a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). "O teor da ligação não tem nenhuma ilegalidade", completou.

Ato

As turbulências que seguiram a divulgação do grampo que captou conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora ministro-chefe da Casa Civil, e a presidente Dilma Rousseff vão ser usadas como estímulo pelos movimentos que organizam um ato de apoio ao governo e contra o impeachment para esta sexta-feira, 18, em São Paulo.

Participantes da manifestação prometem incluir na pauta um pedido de afastamento do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação "Lava Jato" na Justiça Federal em Curitiba e responsável pela decisão de tornar públicos os áudios das ligações telefônicas interceptadas.

Segundo Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular, os movimentos vão questionar a atitude do juiz federal. "O STF precisa afastar o juiz Sérgio Moro da Operação 'Lava Jato', pois ele, com o propósito de garantir o impeachment, está levando o País a uma situação limite. Pratica atos de afronta a ordem constitucional", disse Bonfim. Para ele, a tensão social vista nos últimos dias "vai aumentar a indignação e, consequentemente, aumentar as mobilizações".

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