Rival do Atlético nas oitavas, Racing tem variação tática e aposta em trio de atacantes

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
22/04/2016 às 00:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:03
 (Divulgação/Racing)

(Divulgação/Racing)

A data de fundação em comum (25 de março) e a criação com origens estudantis serão semelhanças alheias na batalha de 180 minutos entre Racing e Atlético. O clube mineiro será o primeiro rival brasileiro dos argentinos na Libertadores. Ambos dividem um título (1967 e 2013) em oito participações da Libertadores, cada. O Galo conhecerá o estádio "El Cilindro", um dos mais temíveis da Argentina, com 51 mil de capacidade, nas duas próximas quartas (27/4 e 4/5). O técnico Diego Aguirre terá de preparar a equipe alvinegra para encarar um time com grandes variações táticas.

O treinador Facundo Sava, ex-atacante do próprio Racing, tem em seu baralho três ases: os atacantes Gustavo Bou, Lisandro López e Diego Milito. Em casa, a tendência é que "La Acade" jogue com este tridende lá na frente. Se for para ser mais cauteloso, a escolha é um 4-4-2 tradicional, com Milito na reserva. Mas se tiver que segurar o resultado, Fava escolhe um 4-4-1-1, com Bou ou López na liderança do ataque e Óscar Romero na função de 'enganche'.

O trio responsável pelos gols do Racing já marcou 15 gols em 2016. O mais jovem deles, Bou, artilheiro da Libertadores do ano passado, ainda precisa se curar de lesão na coxa. Ele é dúvida para o dérbi contra o Independiente deste domingo no Campeonato Argentino. Deve ser poupado justamente para o compromisso contra o Galo. Por falar em lesão, o principal zagueiro do time de Avellaneda também está de molho. Luciano Lollo, oferecido aos dirigentes do Atlético, segue em fase final de tratamento da fratura no pé sofrida no começo de março, diante do Boca Juniors, na La Bombonera.

Bou teve um começo de 2016 fulminante. Marcou quatro gols em quatro partidas seguidas desde a estreia oficial na temporada. Mas conviveu com lesão no ano. Baixa essa que atingiu a equipe racinguista. Apenas no sétimo lugar do grupo B do Campeonato Nacional. Foram 19 jogos oficiais, dois a menos que o Galo, e um aproveitamento pior que o rival da Libertadores: 50,8% contra 55% do Atlético.

O Racing classificou pela Libertadores depois de empatar em 1 a 1 com o Bolivar na altitude do Estádio Hernando Siles, de La Paz. O gol foi marcado por Roger Martínez, um atacante colombiano, reserva imediato do trio dourado do ataque. Foram nove pontos somados, com uma derrota para o Boca em casa, três empates e duas vitórias. O retrospecto geral do ano mostra 19 jogos, 7 vitórias, 8 empates e 4 derrotas. Sendo o aproveitamento em casa de 67% (5V, 3E, 1D) e fora de 37% (2V, 5E, 3D).

O time-base do Racing, contando o retorno de Bou, é: Saja; Pillud, Sánchez, Grimi e Voboril; Videla, Aued e Oscar Romero; Milito, Bou e Lisandro López.Soccerway.com Soccerway.comSoccerway.comSoccerway.com 

Amistosos em Belo Horizonte
Se o Racing jamais enfrentou brasileiros na Libertadores, tem três amistosos realizados contra o Atlético. Foram todos em Belo Horizonte, com duas vitórias argentinas e um triunfo alvinegro. O artilheiro do Galo no confronto é Dadá Maravilha, que marcou duas vezes na única vitória, em 1969.

 O canto do Galo/Galopedia.blogspot.com.br

Maior bandeira do mundo
La Guardia Imperial, a barrabrava do Racing Club, tem o orgulho de construir a maior bandeira do mundo. O título dado por eles mesmo envolve dois eventos. Em 1997, a torcida organizada produziu um pano gigante de 187 x 40 metros, capaz de cobrir os dois anéis do Cilindro.

Em 2010, o pano foi substituído por um maior. Com os escritos da barrabrava, com dimensões de 250 x 30 metros, o 'bandeirão' ocupava metade do anel inferior.

Confira o vídeo dos dois 'recebimientos' históricos
Em 1997:

Em 2010:

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