Empresas incubadas faturam meio bilhão de reais por ano

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
28/04/2013 às 07:46.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:13

O Brasil é o terceiro país do mundo em número de incubadoras de empresas (centros que abrigam novos negócios tecnológicos ou inovadores), só atrás dos Estados Unidos e Coreia do Sul. Estudo da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec) mostra que, no país, são 384 incubadoras – 64% a mais do que as 234 existentes há uma década.

Juntas, elas abrigam 2.640 empresas, geram quase 16.400 empregos e somam um faturamento anual de R$ 533 milhões. Outros 2.509 empreendimentos que foram graduados — se tornaram negócios independentes — faturam R$ 4,1 bilhões e mantêm 30 mil postos de trabalho.

Das 384 incubadoras brasileiras, 8% estão em Minas Gerais, participação similar ao peso do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado na economia nacional. Segundo a Rede Mineira de Inovação (RMI), são 24 as incubadoras mineiras associadas, com 180 empresas incubadas.

Na soma dos últimos três anos, o faturamento dessas empresas chegou a R$ 200 milhões e o pagamento de impostos, a R$ 5 milhões. No conjunto, elas geram 3 mil empregos e, a cada ano, 25 delas, em média, passam à graduação.

“Apesar de representarmos menos de 10% do sistema nacional, estamos bem. As empresas mineiras são as que mais têm conquistado prêmios nacionais. Mas, para um Estado que se propõe a ser o primeiro em ‘economia do conhecimento’, ainda somos pequenos”, admite o presidente da RMI, Renato de Aquino Faria Nunes.

Multiplicação

Segundo ele, que é ex-reitor e professor titular da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), a meta é ampliar de cinco a dez vezes o número de incubadoras e o número de empresas incubadas nos próximos dez anos. Potencial para isso, o professor Renato Nunes garante que existe.

“O Estado possui o maior número de universidades públicas. Temos que tirar a pesquisa da prateleira e levar para o mercado, para a sociedade”, diz.

O primeiro passo, segundo Nunes, é a conscientização dos pesquisadores, professores e alunos para produzir aquilo que gere bem estar social. Também é necessário financiamento e políticas públicas para promover o nascimento e consolidação da empresa. Hoje, entre os principais financiadores, estão a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e o Sebrae.

Outro ponto fundamental é a criação e solidificação de parques tecnológicos, com ambiente favorável para acolher empresas que deixam as incubadoras. Em Minas, são três parques, em Belo Horizonte, Itajubá e Viçosa. Porém, falta musculatura a todos eles.

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