(Sedese)
Representantes das Secretarias e órgãos do Governo de Minas, bem como da Assembleia Legislativa do Estado, estão dispostos a rever estudos, diminuir burocracias, reavaliar impostos e criar leis de incentivo para potencializar o turismo gastronômico no Estado. Quem assegura é o deputado estadual Agostinho Patrus (PV). “Sabemos das dificuldades que os pequenos produtores vivenciam. Não é fácil manter-se no mercado e, ao mesmo tempo, continuar oferecendo produtos de qualidade”. A afirmação do deputado é feita após reunião com uma comissão constituída por 22 entidades de toda a cadeia produtiva da gastronomia mineira. Entre os nomes que marcaram presença estão a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg); a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG); a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg); o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae) e as secretarias de Cultura, Turismo e Agricultura – esta última representada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária, o IMA. “Algumas normas, que em algum momento foram estabelecidas por estes órgãos e secretarias, serão revistas, se necessário”, assegura Patrus. O primeiro encontro da comissão foi na última sexta-feira. A grande discussão acontece no próximo dia 2, na Assembleia Legislativa. “A ideia é que as reuniões sejam itinerantes. Queremos ouvir todos. Dos grandes aos pequenos produtores. Para isso, vamos nos reunir em várias cidades. Quem ganha é toda a cadeia, são todos os mineiros”, ressalta o deputado. Panela e queijo Nos últimos anos, as regulamentações feitas pelos órgãos responsáveis vêm tirando o sono dos produtores, principalmente os micro e pequenos. Fato é que as exigências para profissionalização muitas vezes são tão grandes que alguns desistem do ramo, uma atividade que muitas vezes é cumprida como tradição familiar. “Quem faz queijo ou utiliza as panelas de cobre, por exemplo, passa por muitos entraves, que vão desde prazo de validade à embalagens. O que essa comissão pretende é diminuir as burocracias, dar ainda mais qualidade e reverência aos produtos”. Segundo Agostinho Patrus, 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado é atribuído ao ramo alimentício, e 1/8 de sua capacidade produtiva industrial é voltada para alimentos e bebidas.