Municípios estão sufocados por falta de aporte em saúde

Da redação
primeiroplano@hjeemdia.com.br
23/03/2016 às 07:48.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:36
 (Divulgação)

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A crise econômica vivida pelas prefeituras e o atraso nos repasses da saúde do governo federal afetam a oferta de serviços básicos à população de diversas cidades mineiras, inclusive na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O fechamento de hospitais e unidades de saúde em alguns municípios tem provocado uma migração de pacientes de uma cidade para outra.
Segundo o prefeito de Ibirité, Antônio Pinheiro Neto (PP), conhecido como Pinheirinho, o anúncio da Prefeitura de Betim de considerar o fechamento de ao menos seis unidades de saúde, como medida para cortar gastos, já sobrecarregou o Hospital Regional de Ibirité e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

“Há dois anos, nossa UPA funciona com porte tipo três, mas o Ministério da Saúde ainda não reconhece como tipo três e repassa os recursos para o tipo dois, o que significa R$ 500 mil a menos. Enquanto aguardamos essa aprovação, continuamos prestando serviço superior. Só estamos pleiteando o valor correto, correspondente ao atendimento que a população recebe”.

“Nosso pronto atendimento funciona 24 horas, tem oito médicos e recebe recursos do governo federal como se tivesse apenas quatro médicos e metade dos serviços prestados”Antônio Pinheiro Neto


A partir de 2013, Ibirité deixou de receber do governo federal cerca de R$ 10 milhões em repasses para internação. “Mesmo assim, conseguimos investir 35% dos recursos na saúde. O governo voltou a fazer os repasses regulares, mas o que ficou para trás, referente aos anos de interrupção, não recebemos ainda”, contou Pinheirinho, que é o prefeito mais jovem de Minas, hoje com 24 anos.

Uma solução encontrada por ele foi optar pela gestão compartilhada do complexo hospitalar da cidade – hospital, maternidade e UPA – no ano passado, que já deu bons resultados. Em pesquisa recente da prefeitura, 80% dos usuários disseram estar satisfeitos com o atendimento e 90% afirmaram que têm confiança na equipe médica.

“Contratamos uma entidade sem fins lucrativos para gerenciar o complexo e isso facilitou muito, porque conseguimos comprar materiais básicos e medicamentos de forma muito mais rápida e com preços mais baixos. A maternidade passou de 30 partos por mês realizados para 100 partos por mês. E temos feito cerca de 300 atendimentos diários. Porém, agora, com o surto de dengue, os atendimentos pularam para 500 por dia”.
Conforme Pinheirinho, a previsão é a de que a prefeitura entregue ainda este ano duas Unidades Básicas de Saúde, cinco Farmácias de Minas, em parceria com o governo do Estado, e a ampliação do Hospital Regional de Ibirité.



 

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