Com o fim do recesso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas retoma os trabalhos na próxima semana. Na pauta, duas ações do Ministério Público Federal (MPF) que pedem a cassação do mandato do governador Fernando Pimentel (PT) e do vice dele, Antônio Andrade (PMDB). Eles são acusados de abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a eleição de outubro. Nesta terça-feira, os desembargadores do TRE retomam julgamento de um recurso impetrado pela defesa da campanha petista. Trata-se de um embargo declaratório proposto para questionar pontos obscuros da decisão. Eleito no primeiro turno em disputa contra o tucano Pimenta da Veiga, ex-ministro das Comunicações durante o governo Fernando Henrique Cardoso, Pimentel corre o risco de perder o mandato. Nas ações, o procurador regional eleitoral Patrick Salgado, do MPF em Minas, entendeu que houve falhas graves na prestação de contas. Entre elas, um gasto de R$ 10 milhões superior ao limite estipulado pela coligação. Com base em parecer técnico do TRE, revelado pelo Hoje em Dia, os magistrados da Corte Eleitoral rejeitaram a prestação de contas dele por unanimidade. Mesmo assim, foram diplomados normalmente.