Lixo toma conta de ruas e praças do bairro Cruzeiro

Sara Lira - Hoje em Dia
20/11/2014 às 07:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:05
 (Wesley Rodrigues/ Hoje em Dia )

(Wesley Rodrigues/ Hoje em Dia )

Ruas do bairro Cruzeiro, na zona Sul da capital, estão sendo usadas para descarte inadequado de lixo. Rejeitos de construção civil, restos de objetos domésticos e móveis velhos ocupam parte de calçadas e até mesmo uma praça na região.    Na rua Opala, próximo à Vila Pendura Saia, o entulho incomoda quem passa pelo local. “Esse lixo afeta o modo de viver das pessoas e causa má impressão para a região”, diz o estudante Cristiano Couto, de 43 anos, que mora e estuda no Cruzeiro.   Para a presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro (Amoreiro), Patrícia Caristo, o acúmulo de lixo tem gerado uma série de transtornos. “Virou um ponto de descarte de resíduos sólidos que é absolutamente incômodo”, afirmou.   Outro ponto que chama a atenção pela quantidade de resíduos despejados no local é uma das escadarias da praça Jornalista Achilles Reis. No local, há plásticos, brinquedos estragados e outros rejeitos. “Limpo a praça e tiro o lixo diariamente, mas pouco tempo depois as pessoas sujam de novo”, afirmou o jardineiro Wagner Fernandes, 33 anos.   A presidente da Amoreiro afirma que quem joga lixo nas ruas e calçadas são alguns moradores do próprio bairro. Para Patrícia Caristo, falta conscientização das pessoas, mas avalia que a prefeitura poderia fazer mais. “A Superintendência de Limpeza Urbana, recolhe o lixo em locais inadequados apenas uma vez por semana”.    Já a SLU garante que a coleta ocorre três vezes por semana. O órgão informa ainda que resíduos maiores devem ser encaminhados pelos usuários para as Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV), disponíveis em várias partes da cidade. Na região Centro-Sul existem duas: uma no Santa Lúcia e outra no Novo São Lucas.   SAÚDE   O condicionamento inadequado de lixo não gera apenas poluição visual e sujeira. Pode acarretar também problemas de saúde. Segundo o infectologista Estêvão Urbano, o acúmulo de resíduos contribui para a proliferação de parasitas e bactérias que causam problemas gástricos e intestinais.   “Se a pessoa tiver contato com esse lixo contaminado, pode ter diarreias e outras complicações”, explica.   Além disso, o entulho pode servir de abrigo para ratos e outros insetos transmissores de doenças.    “Se em meio a esse lixo houver algum objeto que acumule água, pode servir para a proliferação do mosquito da dengue”, alerta.   Universidade realiza ações educativas   Para conscientizar a população sobre o descarte adequado do lixo, a Fumec, instalada no bairro Cruzeiro, tem realizado ações educativas, como o projeto “Menos lixo, por favor”.   “É uma ação de cooperação com a população do bairro em relação ao descarte correto do lixo, pois vimos que esse era um problema por aqui”, disse a professora do curso de Design Gráfico da Fumec, Juliana Pontes, uma das coordenadoras do trabalho.   Uma das ações do projeto foi criar o grupo Amigos da Rua, que reúne representantes da universidade e de outras instituições do bairro.   A equipe desenvolve eventos e intervenções. A última foi “tricotar” parte do tronco de uma árvore na esquina das ruas Cobre e Oliveira.   “Membros do grupo Vestíveis Urbanos fizeram essa instalação para sensibilizar as pessoas para terem mais cuidado com a região onde moram”, afirmou.    No mesmo dia, várias peças foram grafitadas, repassando a mensagem da sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.   O trabalho ainda está em exposição na área de convivência da universidade. Para contribuir para a conscientização da comunidade, a universidade também oferece oficinas variadas.

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