Iluminação precária é problema a ser resolvido na Savassi

Renata Galdino - Hoje em Dia
06/03/2015 às 07:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:15
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Lâmpadas queimadas, árvores escondendo postes e ruas mal iluminadas. Quem passa à noite pelas vias do entorno da praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, região Centro-Sul da capital, afirma que a iluminação precária aumenta a sensação de insegurança. Muitos pedestres, inclusive, adotaram comportamento diferente na tentativa de evitar assaltos.

É o caso da universitária Daniela Rebello, de 20 anos. Moradora da rua Tomé de Souza, esquina com Professor Moraes, ela conta que o quarteirão está às escuras. Para ir à faculdade, na Praça da Liberdade, a jovem não teme fazer o percurso a pé, pois ainda há movimento nas ruas. Para voltar, no entanto, prevenção. “Venho de ônibus, desço um quarteirão abaixo de casa e dou a volta. Ando mais, mas é necessário”.

Já na Paraíba entre Getúlio Vargas e rua dos Inconfidentes, quatro postes localizados em um lado da via estão apagados. “Passamos com medo de ladrões estarem escondidos entre os carros e nos surpreender”, destaca o estudante Pedro Mendes, de 19 anos, que frequenta um cursinho nas imediações.

Da mesma forma, a aposentada Ângela Lobo, de 60 anos, toma cuidado na rua Alagoas entre Getúlio Vargas e Antônio de Albuquerque onde, todos os dias, às 20h, espera a neta sair de um curso. “Tem muita árvore tampando poste. É preciso podá-las”, comentou.

Coordenador da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Savassi, Alessandro Runcini, afirma que a entidade irá pedir, em caráter de urgência, a troca das lâmpadas queimadas na região. “Depois, enviaremos ofício à prefeitura solicitando a instalação de iluminação secundária em algumas ruas. Há um ano ela foi implantada em trechos da Getúlio Vargas e Antônio de Albuquerque, com resultado positivo”.

A iluminação primária, de acordo com Runcini, dá visibilidade para a própria rua. “A secundária foca no pedestre, e há muitos circulando à noite por aqui”. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, não está previsto projeto para a iluminação pública na Savassi.

Em relação às podas, a Regional Centro-Sul informou que “elas são executadas sistematicamente na região ou quando solicitado pelo cidadão”. De março de 2014 até o início deste mês foram realizados 1.498 aparos em árvores na região.

Após recente revitalização de espaço, manutenção elétrica demora a acontecer

Não é apenas a iluminação pública nas ruas do entorno da Praça da Savassi que está com problema. No próprio espaço público, revitalizado em 2012 com melhorias também no sistema elétrico, comerciantes reclamam da demora na troca de lâmpadas queimadas.

Na última quarta-feira, a reportagem do Hoje em Dia constatou que ao menos três estavam apagadas apenas no quarteirão fechado da rua Pernambuco.

“A gente liga para a Cemig, que diz não ser com o órgão. Acionamos a prefeitura, que afirma que o sistema de iluminação é ligado à fonte, que, por sua vez, é responsabilidade da Cemig. Ficamos sem saber a quem recorrer”, conta o empresário Leonardo Souza, de 31 anos. De acordo com ele, já foi feita uma nova solicitação para a manutenção da rede da praça.

Por meio da assessoria, a Cemig reforçou que a responsabilidade sobre a iluminação pública na cidade é, desde o início deste ano, da prefeitura, conforme resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que transferiu para os municípios esse encargo.

Já a Regional Centro-Sul, responsável pela manutenção do sistema de iluminação dos quatro quarteirões fechados da Praça da Savassi, informou que um novo serviço está previsto para a área no período de 9 a 14 de março.

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