Confronto entre a nova geração e a experiência

Felipe Torres - Enviado Especial
28/06/2014 às 08:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:10
 (Lucas Prates – 13/6/2014)

(Lucas Prates – 13/6/2014)

RIO DE JANEIRO – A Cidade Maravilhosa aproveitou a pausa na Copa para tentar retomar nessa sexta-feira (27) um pouco da rotina, após duas semanas de competição. O trânsito caótico e a movimentação pequena de torcedores no Maracanã, em um calor de 30 graus, revelaram que boa parte da missão havia sido cumprida.   Porém, um clássico sul-americano irá “destruir” todo esse cenário de normalidade neste sábado (28). Colômbia e Uruguai se encaram, às 17h, no Rio de Janeiro, em duelo das oitavas de final. A partida promete ser uma das mais disputadas do torneio. Além disso, reúne uma série de ingredientes que enchem de ansiedade os dois lados e todos os fãs da bola.   A primeira impressão é a de que os “Cafeteros” levam o favoritismo. Apesar da média de idade de 27 anos, a maior entre as 32 seleções, estão se destacando na Colômbia peças talentosas de sua nova geração de jogadores, como o camisa 10 James Rodríguez, do Monaco, a estrela do elenco.   Líderes absolutos do Grupo C, com nove pontos, os colombianos querem fazer história. A única vez que jogou as oitavas foi em 1990, na Itália, com Higuita, Valderrama e companhia, quando caiu diante de Camarões.   “A Copa é partida por partida. Os grandes precisam demonstrar porque são grandes. E nós, que não participávamos há muito tempo (fora nos últimos três Mundiais), necessitamos nos superar, atuar com garra e saber competir. Buscaremos a vitória contra um ótimo Uruguai”, avisa José Pékerman, técnico da Colômbia.   Terceiro colocado no Mundial da África do Sul (2010) e campeão da Copa América (2011), o Uruguai luta contra o “envelhecimento” de seus atletas. Lugano (33 anos), Godín (30) e Arévalo (32), por exemplo, esbanjam experiência, mas perdem no fôlego. Só que o segundo lugar na complicada Chave D – duas vitórias (Itália e Inglaterra) e uma derrota (Costa Rica) – prova que a Celeste nunca pode ser subestimada.   Ausências de peso   Não seria diferente. As ausências dos astros Luis Suárez e Falcao García foram muito comentadas às vésperas do confronto no Maracanã. O polêmico atacante uruguaio foi banido do Mundial depois de morder o italiano Chiellini, terça-feira, em Natal.   “Foi uma punição excessiva, uma decisão que, de forma evidente, está muito mais ligada à pressão midiática. Como treinador e professor, me apresentaram a teoria do bode expiatório, a de aplicar um castigo severo para que o coletivo saiba o que deveria ser ou não. Mas há um perigo nisso, pois o bode expiatório é uma pessoa que tem seus direitos. Há que dar uma oportunidade também a quem se equivoca”, discursa Óscar Tabárez, comandante da Celeste, que renunciou ao cargo de membro do Comitê Estratégico da Fifa e se recusou a conceder entrevista coletiva, nessa sexta.   Já Falcao rompeu os ligamentos do joelho esquerdo, em janeiro, e não se recuperou a tempo da Copa no Brasil.

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