A mãe que doou o próprio filho a um casal do Rio de Janeiro saiu da Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, às 17h20 desta sexta-feira (29). O alvará de soltura a favor de Renata Soares da Costa, de 19 anos, foi concedido horas antes, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).  A ordem de soltura será publicada na próxima terça-feira (3) e foi dada pelo juiz cooperador da Vara de Inquéritos de Belo Horizonte.   No pedido de habeas corpus, a advogada da jovem, Claudinéia de Souza, alegou que Renata não tem antecedentes criminais e necessita amamentar o filho, além de ter residência fixa.   Durante novo depoimento na noite dessa quinta-feira (28), a gerente de lanchonete, que forjou o sequestro do filho, revelou que doou o bebê, de apenas dois meses, porque tem dúvidas quanto à paternidade da criança. A revelação ocorreu na Divisão de Operações Especiais (Deoesp). Apesar da declaração de Renata, a Polícia Civil ainda não descarta a existência de outros motivos e o inquérito sobre o caso segue seu curso normal, incluindo a realização de diligências no estado do Rio de Janeiro.   No último sábado (23), a mulher acionou a polícia e informou que um casal de descendência chinesa, além de um homem armado, havia roubado o seu filho, em seu colo, no Centro de Belo  Horizonte. Entretanto, após investigações, a Polícia Civil descobriu Renata negociou pela internet a doação do filho.   Depois de entrar em contradição em seu depoimento, ela acabou confessando que entregou o bebê, por livre e espontânea vontade, para um casal carioca, de 17 anos. À polícia, a adolescente que recebeu a criança disse que perdeu o filho e que queria um bebê para substituir a criança.   O pai do bebê, o vigilante Jhoney Lima Santos Nulhia, de 24 anos, disse que não sabia da atitude da mulher. Ele foi para o Rio e buscou o filho, que chegou na capital mineira na madrugada de terça-feira. No mesmo dia, a mãe do bebê teve a prisão preventiva decretada por 30 dias. 

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