(JAILTON PEREIRA/)
Após o sucesso do Carnaval belo-horizontino, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já considera a possibilidade de intensificar a segurança nas estradas que chegam à capital no evento do próximo ano. A informação foi dada nesta quinta-feira (19) pelo inspetor Aristides Júnior, chefe da Comunicação Social da PRF em Minas Gerais. Ele também divulgou a redução do número de acidentes e mortes nas vias que cortam o Estado durante o feriado prolongado.
“O crescimento da festa em Belo Horizonte deve mudar o fluxo de carros. Para nos prevenir, já em 2016 devemos reforçar o efetivo das BRs 381, 040 e 262, que são as vias federais que dão acesso à BH”. Ações do tipo, segundo ele, são de praxe. “Todos os anos, é feito um diagnóstico dos pontos onde ocorreram mais acidentes para que haja reformulações no trabalho da PRF”. Aliás, esse é um dos motivos que deve ter contribuído para a queda de tragédias neste ano.
Segundo o balanço da corporação, 400 acidentes foram registrados nas BRs de Minas, entre 13 e 18 de fevereiro. Nesse período, 14 pessoas morreram e 361 ficaram feridas.
Os números são bem menores que os do Carnaval de 2014, quando houve 547 ocorrências e 24 óbitos. “Se considerarmos o crescimento da frota, o percentual de redução é ainda maior. Cerca de 850 mil veículos atravessaram as estradas federais que estão no Estado em 2015. Cem mil automóveis a mais do que no ano anterior”.
Apesar da queda, Minas Gerais, que tem a maior malha rodoviária do país, liderou o número de mortes em âmbito nacional.
Características
As BRs 262 e 116 foram as que tiveram mais mortes – três em cada. Além disso, a maioria dos acidentes fatais foram registrados em batidas frontais, em retas. “Também percebemos que nove ocorrências com mortes aconteceram entre 23h30 e 8h, o que indica a possível influência do sono ou do álcool”.
Para prevenir esse tipo de acidente, a fiscalização da Lei Seca foi intensa durante o Carnaval. A PRF realizou 15.494 testes do bafômetro no feriado, que resultaram em 317 autuações e 34 prisões de motoristas que dirigiam com sintomas de embriaguez.