Site do Galo na Veia é alvo de roubo de dados de cartão de crédito; Polícia Civil abre inquérito

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
14/06/2016 às 15:43.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:53
 (Reprodução)

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O site do programa de relacionamento com o torcedor do Atlético, Galo na Veia, foi alvo de ação fraudulenta e causou transtorno para inúmeros associados alvinegros. Por meio de ação ilícita, a base da dados dos cartões de créditos cadastrados saiu do sigilo e foi utilizada para compras não autorizadas pelos titulares dos cartões.

A denúncia foi publicada e espalhada pelos próprios torcedores lesados, via Twitter, e já chegou aos olhos da lei. Por meio da Delegacia de Fraude da Polícia Civil de Minas, o superintendente Andre Pelli abriu inquérito para investigar o cibercrime. O banco Santander, por exemplo, se mostrou ciente do problema e chegou a cancelar automaticamente vários cartões de créditos usados para "transações suspeitas".

Pelli, que é torcedor do Atlético e possui o cartão Galo na Veia Prata, descobriu ter sido uma das vítimas da clonagem, juntamente com o irmão e um amigo. O cartão de crédito de Pelli foi usado para a realização ilegal de compras para ingressos no site Ingressos.com. O superintendente já teve o cartão bloqueado pelo banco, que lhe enviará um novo cartão e irá estornar o gasto de quase R$ 460.Reprodução/Twitter 

Dr. Andre Pelli foi vítima e abriu inquérito na Polícia Civil após compras ilegais no cartão de crédito

"Na verdade, este termo 'clonar' não é o mais correto. Eles usaram a base de dados do nosso cartão para fazer outras compras na internet. Todas as compras foram feitas na internet. Eu sou superintendente da Polícia Civil. Então, eu já determinei à Delegacia de Fraudes para instaurar um inquérito para apurar essa situação. Já conversei com o pessoal do Atlético, do TI (Tecnologia da Informação), para descobrir os motivos dessa situação", explicou Pelli, ao Hoje em Dia

"Eu acho que alguém roubou a base de dados. Um dos usuários do Twitter postou que ligou no site que vende o ingresso, e eles explicaram que tiveram problemas na base de dados deles (Ingresso Fácil). Existem três hipóteses: Alguém roubou a base da dados do Atlético para conseguir, ou roubou a base de dados da firma anterior que mantinha a venda online, ou da firma atual, quando o Atlético passou para a outra empresa. Existem, então, três empresas envolvidas. Vamos investigar de onde vazou essa base da dados", afirmou.Reprodução/Twitter

Dezenas de usuários do Twitter divulgaram a "clonagem" de cartões através do Galo na Veia

O superintendente esclareceu também que as grandes vítimas se concentram nos torcedores que compraram ingressos online para os duelos contra Racing e São Paulo, pela Libertadores, por serem jogos de grande procura de ingressos. Por enquanto, o problema está na primeira etapa de solução. A investigação começou nesta terça-feira (14) e Pelli explica quais crimes podem enquadrar o culpado pelo vazamento de informações sigilosas.

"Pode ter formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, estelionato, furto, um monte de crime que pode se enquadrar nessa situação. Mas está começando agora. Começou hoje a investigação", disse.Reprodução / N/A

Navegador Firefox identificou falta de segurança no site Galo na Veia

Empresas

A reportagem entrou em contato com a Central de Relacionamento do Galo na Veia e com o Sistema de Atendimento ao Consumidor da empresa Ingresso Fácil, responsável por comercializar as entradas para o clube. Entretanto, ainda não obteve retorno dos questionamentos.

Alguns torcedores buscaram soluções com a Ingresso Fácil. Segundo eles, a empresa informou, através de atendimento pelo aplicativo Whatsapp, que "o site antigo deu problemas" e "providências já estão sendo tomadas".

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