Horário de rádio foca atraso em obra e crise hídrica

Estadão Conteúdo
22/10/2014 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:43

A quatro dias das eleições presidenciais do segundo turno, os dois candidatos, Dilma Rousseff e Aécio Neves, trocaram críticas no rádio na manhã desta quarta-feira (22). O tucano voltou a falar em campanha de mentiras anônimas e dedicou espaço ao atraso nas obras de transposição do Rio São Francisco. Já o programa de Dilma Rousseff voltou a explorar da falta d'água que atinge o Estado de São Paulo e disse que no domingo os paulistas "vão dar o troco no PSDB elegendo Dilma".

Depois de exibir depoimento do ator Lima Duarte, Aécio voltou a lamentar as "muitas agressões" que vem sofrendo e disse que a campanha foi "para a lama". "Não tenho o menor problema em aceitar críticas, faz parte do jogo político. Mas quando a crítica se transforma em ataque e quando esse ataque se transforma em mentira - e mais grave ainda, em mentira anônima - aí a campanha vai para a lama". Porém, o tucano disse que está disposto a pagar o preço "para resgatar o que o Brasil tem de melhor".

No final do programa, o tema foi mais uma vez o atraso nas obras de transposição do Rio São Francisco. Depois de mostrar Dilma dizendo que as obras estavam "em pleno vapor", um locutor disse que precisava "esclarecer algumas coisas" e rebateu dizendo que "todo mundo sabe que as obras do Rio São Francisco se arrastam há sete anos e o povo não viu uma gota d'água".

Segundo o programa, mais de 12 milhões de sertanejos esperam a conclusão das obras enfrentando "a fome", "a seca" e "a miséria". Por fim, veio do Nordeste uma manifestação de apoio de Renata Campos ao candidato.

O programa de Dilma criticou mais uma vez o governo do PSDB pela crise hídrica que atinge São Paulo. Depois de dizer que o problema já era conhecido há dez anos, um locutor disse que "no domingo os paulistas vão dar o troco no PSDB elegendo Dilma". No primeiro turno, São Paulo foi justamente o Estado onde a petista sofreu sua maior derrota para Aécio.

A coligação liderada pelo PT falou ainda dos avanços no campo durante os anos de Lula e Dilma, admitiu problemas na infraestrutura para o transporte da produção agrícola, mas afirmou que obras já estão sendo feitas e os resultados serão sentidos a médio prazo.

Em seguida, emendou uma crítica ao adversário. "Quando governou Minas, o Aécio também não se esqueceu do campo", disse um locutor antes de acusar o tucano de contabilizar como verba para a saúde a compra de vacinas para cavalos, criticada pelo conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais Sylo Costa.
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