Affonsinho dialoga com a linguagem do jazz em seu novo CD, "Trópico de Peixes"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
20/05/2013 às 07:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:49

Affonsinho continua romântico e brincando com a sonoridades das palavras. Mas em seu novo álbum, "Trópico de Peixes", trafega por novos caminhos melódicos. Produzido com seu filho, Frederico Heliodoro, e por Chistiano Caldas, o disco tem uma sonoridade mais jazzística. "Foi bacana mudar, ouvir ideias diferentes", diz o artista, que vinha produzindo seus últimos trabalhos ao lado de Gauguin.

Composto por 12 faixas autorais, o álbum será lançado na terça-feira (21), dentro do projeto "Mistura Minas", no Teatro Bradesco. Celso Fonseca, parceiro de Affonsinho em "A Felicidade É Senhora", faz participação especial no disco e no show.

O álbum conta ainda com as belas vozes de Alexia Bomtempo, Verônica Ferriani e Marina Machado. Além de produzir e tocar em todas as faixas, Frederico Heliodoro divide a autoria de "Ela não É Triste".

"Tentei ter uma relação com ele bem profissional, sem ser de pai e filho. Tratei o Fred como um músico contratado para fazer a produção. Deu tão certo que acredito que este é o disco mais bonito que já fiz", opina o artista. "Eu chegava com as músicas prontas e fazíamos um laboratório no estúdio. Os meninos mudavam as levadas, os conceitos".

Estúdios

O álbum foi gravado em três diferentes estúdios. As bases foram gravadas ao vivo no estúdio do Jota Quest numa velocidade impressionante – nove horas para as 12 músicas. Alguns momentos de piano foram registrados no Estúdio Acústico e as vozes no estúdio de Affonsinho.

Mas por que gravar as bases ao vivo em um dos estúdios mais bem feitos (consequentemente, mais caro) da cidade? "O som fica mais verdadeiro, mais orgânico, com um entrosamento que havia nas gravações dos anos 50", explica Affonsinho.

Algumas faixas de "Trópico de Peixes" já estão sendo executadas nas rádios da capital e Affonsinho espera trabalhar esse repertório com maior calma do que foi feito nos trabalhos anteriores.

"Eu vinha gravando um disco por ano, mas isso é complicado para se divulgar o trabalho no resto do país. Para viajar para outros Estados, é preciso de mais tempo", diz o artista. "É muito difícil sair daqui sem contar com lei de incentivo".

Ele tem projeto de circulação nacional aprovado na Lei Rouanet, mas ainda espera pela captação. Mesmo que a captação não saia, Affonsinho pretende arrumar uma maneira de ir a algumas capitais onde suas músicas são executadas em rádios, como Porto Alegre e Brasília.


Serviço

Show de Affonsinho no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244, Lourdes). Terça-feira (21), às 20 horas. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia).

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