Especialista em cirurgia da coluna explica as diferenças entre os tipos de escoliose

Hoje em Dia
20/09/2014 às 12:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:17
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Ombros com diferentes alturas (um mais proeminente que o outro), cabeça não centrada em relação à pelve, costelas assimétricas, mudanças na aparência ou na textura da pele que recobre a coluna vertebral (ondulações, tufos pilosos, mudanças de cor) e outros sintomas, podem significar a condição de escoliose.    O que é   A escoliose é uma condição na qual a coluna vertebral desenvolve uma ou mais curvaturas anormais, que por sua vez podem afetar o equilíbrio e o alinhamento global do corpo, bem como, possivelmente, levar a outros problemas físicos que afetam a saúde. Embora o quadro possa se desenvolver em qualquer idade, é mais frequente surgir durante os primeiros anos da adolescência.   Para a maioria dos pacientes adolescentes, a escoliose não é dolorosa. No entanto, se não for tratada, a curvatura da coluna vertebral pode tornar-se tão grave a ponto de causar dores nas costas e em outras áreas do corpo, além de uma deformidade visível da coluna vertebral e de outros problemas físicos.   De acordo com o médico Cristiano Menezes, especialista em cirurgia da coluna, mais de 80% dos casos de escoliose, no entanto, são idiopáticos, o que significa que não há nenhuma causa conhecida e que afeta uma pessoa completamente saudável. “Pessoas com histórico familiar de deformidade da coluna vertebral estão em maior risco para o desenvolvimento da escoliose, pois existe uma tendência genética para a sua ocorrência”, alerta Menezes.    Ainda de acordo com o médico, a condição afeta 2% das mulheres e 0,5% dos homens na população em geral.    Tratamento   No adolescente, o tratamento da escoliose depende da gravidade, da localização da curva, do seu potencial de progressão e de outros fatores relativos à sua saúde geral.   Há três estratégias básicas de tratamento para estes pacientes: observação, uso de colete e cirurgia.   No adulto   Já a escoliose do adulto é diferente. Ela atinge quem adquiriu ou não a condição durante a adolescência. Nessa faixa de idade, a coluna entorta por desgaste, diferente da adolescência, em que os motivos podem ser desconhecidos e imprevisíveis. Há, ainda, os casos que começam nos primeiros anos de vida e se agravam com a idade.   “Enquanto a escoliose do adolescente não doi no início, por não haver desgaste da coluna, no adulto a condição pode causar muita dor e sensação de incapacidade. Nesta fase, não adianta o procedimento do uso do colete, pois não gera nenhum resultado de melhora. Em casos extremos, de pessoas mais debilitadas, a solução é uma intervenção cirúrgica”, explica o médico.   No entanto, cabe ressaltar que a escoliose adulta pode não progredir, não tendo o paciente que fazer nenhum tipo de cirurgia. O uso de medicamentos e a prática de exercícios e/ou fisioterapia podem solucionar o problema.   Outras informações sobre a escoliose podem ser acessadas no site do médico Cristiano Menezes, no endereço: cristianomenezes.com.br

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