Campanhas publicitárias da mineradora Samarco são questionadas pelo Ministério Público

FolhaPress
19/02/2016 às 19:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:29
 (Reprodução)

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As campanhas publicitárias divulgadas pela mineradora Samarco após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), estão sendo questionadas pelo Ministério Público Federal e pelo Conar (Conselho Nacional de  Autorregulamentação Publicitária).

Nesta quinta-feira (18), a Procuradoria questionou em ofício os valores gastos pela empresa nas propagandas. O documento pede o nome da agência de publicidade responsável, a cópia do contrato e a quantia despendida.

Já o Conar abriu um processo nesta quinta (18) para saber se a mineradora tem veiculado informações verídicas nas peças divulgadas na TV, em jornais e na internet. Desde que a barragem de Fundão ruiu, no último dia 5 de novembro, a Samarco tem feito a divulgação de suas ações e da marca em diversos veículos de comunicação.

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Na última delas, funcionários falam sobre suas experiências na empresa e contam como encararam o episódio do vazamento, que deixou 19 mortos e um rastro de destruição que chegou ao litoral do Espírito Santo. Vítimas também falam sobre a assistência que receberam da mineradora.

A empresa já alegou enfrentar dificuldades financeiras à Justiça quando teve contas bloqueadas como garantia de que cumpriria medidas de reparação ao desastre. Procurada, a mineradora disse que ainda não recebeu nenhum ofício do Ministério Público sobre o assunto nem notificação do Conar.

De acordo com o Conar, o processo foi aberto porque o órgão recebeu reclamações de pessoas que questionam a veracidade das informações da campanha, como a ajuda prestada aos moradores das regiões atingidas e as ações de sustentabilidade.

O órgão deve julgar a ação em março e, caso constate algum problema, pode pedir a suspensão ou alteração das peças publicitárias.

Pesca

Em decisão liminar (provisória), a Justiça Federal proibiu, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (22), a pesca na região da foz do rio Doce. A exceção é aquela destinada à pesquisa científica.

A determinação foi acatada após pedido do Ministério Público Federal. No pedido, a Procuradoria diz que pretende "preservar a saúde da população que consume os pescados da região e a sobrevivência das espécies".

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