Adversários exploram fragilidade e PSB/MG sai em defesa da socialista

Hoje em Dia
07/09/2014 às 08:19.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:06
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A possível fragilidade de Marina Silva em relação à governabilidade tem sido explorada por seus principais adversários na corrida presidencial. No horário eleitoral gratuito, a campanha de Dilma reforça que hoje apenas 33 deputados apoiam Marina Silva, sendo que seriam necessários 129 para aprovar um projeto de lei. A propaganda ainda correlaciona Marina com Jânio Quadros, que renunciou em 1961, gerando uma crise institucional que culminou no golpe militar de 1964, e Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992.    Em visita a Belo Horizonte na quarta-feira (3), Dilma justificou a comparação. “O que nós dissemos não é que as pessoas são iguais, o que nós dissemos é que se você não tem número suficiente de deputados, você não aprova nenhum projeto. A necessidade de negociar é inexorável”.    O tucano Aécio Neves também tem batido nessa tecla. A estratégia é convencer o eleitor de que a ex-senadora representaria uma “aventura” de “incertezas”. Ele também tem frisado que a trajetória de Marina tem muitas “contradições” por já ter sido petista, e agora defende a “política econômica do PSDB”. “Eu respeito a Marina, ela é uma pessoa com boas intenções, mas, para mudar tudo que está errado, é preciso uma equipe sólida, ideias que já foram testadas e principalmente força política”, diz Aécio.    O deputado federal Júlio Delgado, presidente do PSB mineiro, saiu em defesa de sua candidata. “Marina não é Collor. Ele era do PRN e não tinha nenhum deputado. O PSB tem oito governadores, 33 deputados e quatro senadores, e nós vamos crescer. A gente vai garantir a governabilidade de Marina não só com partido. A outra parte virá das organizações civis, ongs, da sociedade”, disse.    Segundo Delgado, a candidata do PSB tem coligação para garantir governabilidade “com o povo”. Ele ainda reforçou que os articuladores socialistas no Congresso vão trabalhar para atrair “os melhores de diferentes partidos”. “No PMDB, nós queremos rechaçar a turma que está há 30 anos no poder, mas tem muita gente boa que estará disposta a governar com Marina e a sociedade. Quando as pessoas começarem a ver que a reforma política e a reforma tributária não vão ficar só no discurso, as pessoas boas dos partidos, a turma vai chegar”, disse. 

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