Píer Mauá será a área de convivência olímpica e o maior legado cultural do Rio

Bruno Moreno (enviado especial)
bmoreno@hojeemdia.com.br
03/08/2016 às 11:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:08
 (Flávio Tavares/ Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/ Hoje em Dia)

RIO DE JANEIRO – A participação dos cariocas e turistas que vierem ao Rio de Janeiro para acompanhar a Rio-2016 não está resumida às instalações olímpicas. O Pier Mauá, na zona portuária da capital fluminense, foi revitalizado e funcionará neste período como o Boulevard Olímpico, espaço semelhante às fan fests que as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 receberam durante o torneio.

Um imenso palco foi montado à beira da Baía de Guanabara, entre o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá. O local receberá shows e algumas modalidades olímpicas serão transmitidas em um telão.

As instalações fazem parte dos legados exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) às cidades que recebem os Jogos.

Se a despoluição da Baía de Guanabara não foi uma promessa cumprida, o Boulevard Olímpico será uma marca eterna da Rio-2016, tamanho o sucesso que o espaço já faz não só entre os moradores da cidade, mas também com os milhares de turistas que o visitam diariamente.



Outras atrações, além dos museus, são os artistas de rua que animam o público que se concentra na praça, e tentam faturar um trocado. Na tarde de ontem, havia pelo menos dois músicos (um guitarrista e um trompetista), palhaços, um jogador de futebol aposentado fazendo embaixadinhas com bolas de futebol e de tênis, uma estátua viva, um Saci Pererê e um Mickey.

O casal Benjamin Ramos, 33, e Sansha Ramos, 34, de Manaus, chegou a Niterói na última segunda-feira. Com a pequena Bárbara a tiracolo, vieram à Cidade Maravilhosa acompanhar jogos de futebol e tênis.
 Flávio Tavares/ Hoje em Dia


    FAMÍLIA - A pequena Bárbara com seus pais no Pier Mauá


Na tarde de ontem, foram conferir o Boulevard olímpico e disseram que estão gostando da organização, mas têm uma crítica à cidade. “Estamos com nossa filha, de sete meses, e utilizamos o carrinho. Mas temos enfrentado muita dificuldade em alguns pontos, como no metrô, em que é preciso carregá-la. Aí me pergunto como uma cidade que vai receber a Paralimpíada não está acessível?”, questiona.



Pouco antes do entardecer, meninos se divertiam pulando nas águas da Baía de Guanabara, enquanto um fotógrafo estrangeiro registrava o momento com o Museu do Amanhã ao fundo.

Eles não se preocupavam com a má qualidade da água, alvo de pesadas críticas por parte dos atletas da vela, que competirão nas águas da Guanabara.

Preocupados coma segurança do público, que se aproximou do pier para ver as acrobacias dos garotos, policiais federais que patrulhavam a área em duas lanchas desembarcaram e pediram para as pessoas se afastarem. Com receio de serem repreendidos, tanto os meninos quanto o fotógrafo sumiram na multidão.

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