Governo do Ceará embarga usina da MPX, empresa de Eike Batista

Folhapress
12/07/2013 às 19:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:01
 (Facebook)

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FORTALEZA - Uma usina termelétrica no Ceará pertencente ao grupo MPX, de Eike Batista, terá parte de sua operação embargada pela Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) após recomendação do Ministério Público Federal no Ceará.

Segundo a Procuradoria, a Semace resolveu expedir termo de embargo para paralisar o funcionamento da esteira transportadora da termelétrica Energia Pecém, por apresentar risco de danos ao ambiente.

A usina produz energia à base de carvão mineral pulverizado, com capacidade de 720 MW, dos quais 50% pertencem à MPX e 50% à EDP, grupo português que atua no Brasil.

Análise da Procuradoria apontou que a operação da esteira tem "potencial causador de danos ambientais e sociais", porque o vento pode transportar partículas finas do carvão até a vegetação ou a casas próximas à usina.

Na recomendação, o Ministério Público Federal pede que a suspensão seja mantida até que a empresa tome medidas necessárias "para o adequado controle ambiental do funcionamento deste equipamento".

O empresário Eike Batista, que enfrenta queda no valor de mercado de empresas do grupo, renunciou ao cargo de presidente do conselho da MPX no início do mês.

Há uma expectativa dos bancos que lhe emprestaram dinheiro de que Eike venda suas ações da MPX.

A reportagem procurou a MPX e a EDP hoje para esclarecimentos sobre a suspensão da operação da termelétrica mas, até a publicação desta reportagem, nenhuma das duas empresas havia respondido.

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