Os credores internacionais da Grécia pediram a Atenas que sejam fornecidos mais detalhes sobre o plano de austeridade de 11,5 bilhões de euros antes de revisar os planos de economia, que são cruciais para manter as linhas de financiamento do país abertas enquanto a Grécia luta para impulsionar as reduzidas reservas de caixa.
Uma missão de representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), também conhecida como Troica, marcou novo encontro para domingo com o ministro das finanças, Yannis Stournaras, a fim de garantir os cortes necessários para que seja paga a próxima parcela de resgate do país, no valor de 173 bilhões de euros. "No domingo, uma primeira rodada de negociação será concluída e as medidas terão sido identificadas. Não posso afirmar à qual parte das medidas isso estará relacionado", desconversou o ministro.
No primeiro encontro da Troica com autoridades do governo grego, as conversas se concentraram na execução do orçamento deste ano e no pacote de austeridade que deve ser anunciado até o fim de agosto. Stounaras tem sido solicitado a andar numa corda bamba sobre o plano de economia - equilibrando as demandas dos credores por cortes e os pedidos da coalizão grega contra reduções nas pensões, salários do setor público e benefícios sociais.
A Grécia está ficando rapidamente sem dinheiro depois de as duas eleições nacionais sucessivas, uma em maio e outra em junho, terem impedido uma revisão do programa de resgate do país por credores internacionais, necessária para garantir mais assistência externa ao país endividado. Com a economia mergulhada no quinto ano de recessão, as receitas do governo com arrecadação de impostos de pessoas físicas caíram por causa dos cortes salariais e do desemprego recorde. Ao mesmo tempo, as contribuições para o sistema de pensões despencaram com o aumento do número de desempregados. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br