Com a pior audiência da história no horário, 'Babilônia' termina com duelo entre vilãs

Folhapress
27/08/2015 às 09:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:31
 (Globo/divulgação)

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Termina nesta sexta-feira (28) "Babilônia" (Globo), novela que estreou com grande expectativa na faixa das nove, mas que recebeu uma chuva de críticas negativas ao
longo dos cinco meses em que ficou no ar. A história, assinada por Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares, foi tão mal que acabou encurtada pela emissora, fechando com média prévia de 25 pontos no Ibope (registrados até o começo de agosto) -cada um equivale a 67 mil domicílios na Grande SP.

A marca é 8 pontos inferior à de sua estreia (33 pontos), em março. Ou seja, após declinar no Ibope, a produção chega ao fim com o título de pior audiência da história do horário das 21h. Nos últimos meses, "Babilônia" perdeu até para "I Love Paraisópolis", trama das 19h do canal, o que é considerado vexatório para um folhetim da faixa
nobre.

Os motivos são muitos, a começar pelas mudanças que ocorreram na sinopse original, após a rejeição do público à abordagem de temas polêmicos -entre eles, o romance homossexual de duas mulheres mais velhas e a compulsão sexual da vilã. Além disso, especialistas em TV citam como agravantes a falta de carisma dos mocinhos e a expectativa gerada por sua antecessora, a impactante "Império".

"'Babilônia' não foi de todo ruim, mas também não foi boa. As tramas paralelas não causaram identificação. O enredo principal, de Gloria Pires e Adriana Esteves, só não foi um fiasco por causa das atrizes. E a mocinha [Regina, de Camila Pitanga] foi muito chata", afirma Claudino Mayer, doutor em teledramaturgia pela USP (Universidade de São
Paulo).

"'Império', exibida antes de 'Babilônia', foi um grande sucesso. O telespectador acaba depositando uma responsabilidade grande sobre a nova história, para que ela mantenha os bons índices", diz Elmo Francfort, pesquisador do Museu da TV.Trama final No último capítulo, nada de muito surpreendente deverá ocorrer (veja acima).

Apenas dois finais são mantidos em segredo: a identidade do assassino de Murilo (Bruno Gagliasso) e a resolução do conflito entre as rivais Inês (Adriana Esteves) e Beatriz (Gloria Pires).

"Cenas sigilosas serão enviadas apenas aos diretores, que vão criar um esquema especial. Os atores só saberão o final na hora da gravação", diz o coautor Ricardo Linhares.

O "quem matou?", que terá seu desfecho gravado hoje, também instiga o elenco. "Acho que foi a Inês. Beatriz seria muito óbvio", chuta Gloria Pires, sem tentar redimir os crimes da vilã.

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