O promotor Guilherme de Sá Meneghin deve pedir na Justiça o aumento para R$ 350 milhões do valor bloqueado da Samarco. O total foi calculado tendo como base o valor de R$ 500 mil por vítima da tragédia. Segundo o promotor, o número de atingidos já chega a 700 pessoas, e não 600 como levantado anteriormente. Por isso, ele pedirá a revisão do recurso bloqueado.

Meneghin alegou que tomou a iniciativa de pedir o bloqueio temendo a demora da empresa em dar garantias aos moradores das localidades devastadas. "O dinheiro é uma espécie de seguro. A empresa só vai poder mexer nesse dinheiro depois que ressarcir todas as vítimas, que reconstruir as vilas destruídas e prestar todas as assistências a essas pessoas", reforçou.

Até a tarde desta sexta-feira (13) a Samarco ainda não havia apresentado ao promotor o documento detalhando as ações de assistência aos atingidos. O prazo dado pelo Ministério Público à empresa vence às 18h. Caso a Samarco não cumpra com o acordado, o promotor irá acioná-la na Justiça.

Buscas

Meneghin também solicitou à Polícia Civil informações sobre o trabalho de identificação dos corpos encontrados. Ele disse que já recebeu denúncias informais de parentes das vítimas sobre a morosidade dos procedimentos.

"Informalmente recebi a denúncia de que foi encontrado um corpo, ele não foi comunicado e deixado da noite para o dia esperando até chegar um perito, até chegar uma informação. Não posso garantir se isso é verdade ou não, mas já requisitei investigação por parte da Polícia Civil, para saber o que está acontecendo. Por que, de fato, é um desrespeito às vítimas".

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