Caminhoneiros continuam com o protesto na MG-050

Hoje em Dia
25/02/2015 às 15:55.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:08

A liminar expedida pela Justiça Federal de Minas Gerais no fim da tarde de terça-feira (24), favorável a Advocacia-Geral da União (AGU), não impediu que os caminhoneiros continuassem com as manifestações pelo Estado. Como a liminar é válida apenas para as rodovias federais, trechos estaduais foram interditados pela categoria nesta quarta-feira (25).    De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), a MG-050, na altura de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está impedida. Já a concessionária Nascentes das Gerais, que administra a mesma estrada, informou que há paralisação na MG-050 nos quilômetros 372, em Itaú de Minas, no Sul de Minas; e 402, em São Sebastião do Paraíso, também na região Sul. Também há possibilidade de interdição do km 132, em Divinópolis.   Mais cedo, cerca de 400 caminhoneiros fecharam a BR-494, em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, mas, por volta das 15h30, a rodovia foi liberada. Durante o protesto, eles chegaram a queimar pneus na via. Na região, já é registrada falta de combustível nos postos.    Por causa das interdições, o congestionamentos estão intensos. Em todos os locais afetados, apenas carros de passeio, ônibus e ambulâncias podem trafegar pela local. Carretas e caminhões fazem uma extensa fila nos acostamentos.   Posto em Divinópolis foi fechado por falta de combustível (Foto: Jorge Guimarães/Jornal Agora)     Áudio

E a paralisação dos caminhoneiros acabou, mas afetou alguns setores da economia. O protesto impediu a passagem de veículos de carga em rodovias de vários estados do país. O economista da Fiemg, Paulo Casaca, analisa os impactos da grave na indústria:

  Rodovias federais   Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nenhuma rodovia federal do Estado está impedida nesta quarta-feira (25). O congestiomaneto, contudo, é gigantesco em diversas estradas mineiras.   Decisão   A sentença expedida pela Justiça Federal obriga a total desocupação das rodovias federais que cortam o Estado em um prazo de três horas, contando da intimação dos réus. A decisão ainda impõe uma multa de R$ 5 mil por hora a cada manifestante e R$ 50 mil para as associações que desobedecerem a ordem.   Nesta segunda-feira (23), a AGU ingressou com ações na justiça em sete estados para pedir a suspensão imediata dos bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros. O órgão federal chegou a pedir a adoção de medidas necessárias para garantir o direito de ir e vir das pessoas, liberando as pistas para livre circulação e solicitou, ainda, a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego.   As ações foram ajuizadas simultaneamente em Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.   Reinvidicações   O protesto teve início na madrugada de domingo (22). A manifestação, organizada por autônomos e sem participação de sindicatos, é contra a alta no preço do diesel. Os condutores também exigiam melhorias no valor do frete. Eles também reivindicavam com relação a Lei 12.619 de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia.    Atualizada às 21h34.

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