Caeté, Formiga e Juiz de Fora adotam racionamento de água

Danilo Emerich - Hoje em Dia
15/10/2014 às 21:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:38
 (Prefeitura de Formiga)

(Prefeitura de Formiga)

Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; Formiga, no Centro-Oeste do estado; e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, são as novas cidades que passarão a adotar o racionamento de água.  Oficialmente, até esta quarta-feira (15), eram 159 municípios de Minas Gerais em situação de emergência devido a seca e estiagem.   Em Caeté, a restrição de água começará a partir desta quinta-feira (16) e deverá durar 60 dias, com possibilidade de prorrogação. O abastecimento será cortado diariamente entre às 10h e às 20h. Não será permitido lavar carros de forma individual ou comercial (lava-jatos), lavar calçadas e encher piscinas. A desobediência e desperdício será punido com multa de R$ 135, podendo dobrar em caso de reincidência.   CALAMIDADE PÚBLICA Já em Formiga, a situação critica obrigou o prefeito Moacir Ribeiro a decretar situação de calamidade pública, nesta quarta-feira. É o primeiro município mineiro a emitir o alerta máximo. No site da prefeitura, Ribeiro diz que a medida já vinha sendo estudada desde a semana passada. A cidade também já adota multas para quem abusar do uso de água.   “Estamos enfrentando uma seca histórica em Formiga. O nível da vazão de água nunca esteve tão baixo no Saae. O momento é realmente de calamidade. É hora de unirmos forças para enfrentarmos essa situação. A Administração Municipal está fazendo todo o possível para minimizar os impactos da seca sobre a população de Formiga. Contamos com o apoio, a união, a compreensão, a solidariedade e a paciência de todos os formiguenses”, disse o prefeito Moacir Ribeiro.   O documento assinado nesta terça-feira (14) informa que a captação de água no rio Formiga reduziu de 200 litros por segundo de água para 98 l/s. Além disso, produtores rurais estão sendo orientados a reduzir as intervenções no curso d'água e seus afluentes. A seca no município já provoca um prejuízo de  R$ 15,7 milhões na produção de alimentos e criação de gado local.    RODÍZIO A estiagem também levou Juiz de Fora a adotar o rodízio no abastecimento de água a partir da próxima sexta-feira (17). O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Siqueira, nesta quarta-feira. Na cidade, a captação da Represa de São Pedro opera com nível próximo de zero.   Segundo a prefeitura, por meio do site na internet, a interrupção no fornecimento de água será feita entre 8h e 18 h em diversas regiões, não incluindo sábados e domingos. A parte alta da cidade foi separada em duas áreas, que terão dias alternados de interrupção do fornecimento. Durante este período, hospitais, unidades de saúde, escolas municipais e estaduais serão abastecidos com caminhões-pipa, de acordo com as demandas. No final da próxima semana, a Cesama avaliará a necessidade de continuar ou não com o rodízio. A escala de rodízio está disponível neste endereço: http://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=47040.   “Duas obras que inauguramos este ano – a implantação da estação de bombeamento (booster) ao lado do Parque de Exposições e a nova adutora de Chapéu d’Uvas – fazem com que, hoje, Juiz de Fora não tenha um problema gravíssimo de água. Sem essas duas obras, principalmente a do booster, que ajuda a recuperar mais rapidamente os níveis dos reservatórios, estaríamos com falta de água também em outras regiões da cidade e não somente na Cidade Alta”.   O diretor técnico-operacional da companhia de água de Juiz de Fora, Márcio Augusto Pessoa Azevedo, pediu apoio dos habitantes da cidade. “É preciso que a população economize o produto e faça o uso consciente da água. Desta forma, todos estarão colaborando neste momento que é difícil não só para Juiz de Fora, mas para várias cidades, especialmente da região sudeste do país”, concluiu.

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