Thiago Pereira é desclassificado e fica sem o recorde; brasileiro herda o ouro

Estadão Conteúdo
16/07/2015 às 21:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:56
 (JIM WATSON)

(JIM WATSON)

Estava tudo pronto para Thiago Pereira quebrar o recorde histórico de medalhas no Pan. Apesar de ter chegado à frente dos adversários nos 400 medley e comemorado o feito, ele foi desclassificado por supostamente não ter utilizado as duas mãos na virada do peito para o crawl e ficou sem a medalha de ouro. O título pan-americano foi para outro brasileiro, Brandonn Pierry. A delegação brasileira entrou com recurso e, por isso, o pódio não foi realizado.

O brasileiro poderia igualar a marca do ex-ginasta cubano Erick López e se tornar, com 22 pódios, o recordista de medalhas da competição. Mas o feito está sub judice e ele terá de esperar para comemorar. Thiago, que desistiu de competir nos 100m borboleta (nesta quinta) e nos 100m costas (na sexta-feira), poderá ainda alcançar o feito em Toronto. Disputará no sábado as provas de 200m medley e 4x100m medley.

Quem se deu bem com a eliminação de Thiago foi Brandonn Pierry. O garoto de 18 anos, desde a infância comparado ao ídolo, quase o superou na água. Em uma recuperação impressionante, completou com 4min14s47, deixando a impressão de que, se a prova fosse de 420 metros, passaria Thiago. Chegou apenas 0s39 atrás.

A marca faz de Brandonn, atleta do Corinthians, o novo recordista mundial júnior. Agora, o Brasil tem os recordistas de duas provas: os 100m livre (Matheus Santana) e os 400m medley. Herança clara e evidente das conquistas de Cesar Cielo e Thiago Pereira.

Brandonn não vai disputar o Mundial de Kazan (Rússia), apesar de ter índice, porque preferiu competir no Mundial Júnior, que vai ser realizado em Cingapura. Com a marca que fez em Toronto, teria sido finalista do Mundial adulto de Barcelona, em 2013. Naquela edição, Thiago foi medalhista de bronze.

ARBITRAGEM POLÊMICA NO PAN

A medalha retirada de Thiago não é o primeiro caso polêmico da natação no Pan. Na última prova do dia na quarta-feira, os Estados Unidos completaram o revezamento 4x200m livre em segundo, logo atrás do Brasil, mas foram eliminados, ao fim da disputa, porque Michael Weiss competiu utilizado uma tala que unia os dedos da mão esquerda.

No entender dos árbitros naquele momento, a tala, por não ter sido comunicada, era ilegal. Depois, os norte-americanos entraram com recurso, que foi julgado na manhã desta quinta-feira, e obtiveram sucesso.

Nesta quinta, na final dos 400m medley, os árbitros eliminaram a vencedora da prova, a canadense Emily Overholt, também por uma falha em uma das viradas. Essa decisão beneficiou a brasileira Joanna Maranhão, que herdou o bronze.

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