BH ocupa 3º lugar em ranking de capitais com maior número de óbitos no trânsito

Hoje em Dia
18/02/2015 às 15:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:04
 (ONSV / Reprodução)

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Belo Horizonte é a terceira capital do país que mais mata no trânsito. A cada 100 mil habitantes, a taxa da cidade é de 22,5 óbitos, colocando a cidade mineira atrás apenas de Recife (PE) e Fortaleza (CE). É o que aponta o estudo “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e Falconi Consultores de Resultado, concluído no fim do ano passado.   O levantamento ainda coloca Minas Gerais como o segundo mais mortal, em números absolutos, com 4.654 mortes. Os registros só perdem para São Paulo, com 7.256 óbitos.   A pesquisa pretende auxiliar a elaboração de políticas de combate à insegurança viária no Brasil. O estudo aponta que o país está entre aqueles com maior quantidade de óbitos no trânsito do mundo, com uma média de 23,6 mortes em cada 100 mil habitantes. A evolução dos números mostra que o problema só aumenta. De 2001 a 2012, o número de mortes devido a acidentes viários aumentou 48,7% em todo o país, somando 453.779 vítimas, o que significa um óbito a cada 12 minutos.   Segundo o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, é necessária a criação de uma agência líder que atue na coleta e organização de dados e na coordenação de todos os órgãos ligados ao trânsito. “Desta maneira, será possível estabelecer estratégias em âmbito nacional, estadual e municipal, guiadas por metas ousadas e factíveis. É fundamental ainda trabalhar em várias frentes, buscando vias e veículos mais seguros e cidadãos mais conscientes para o trânsito”, explica.

A pesquisa levou em conta os últimos dados disponíveis de diversos órgãos, ou seja, entre 2001 e 2012. O material foi elaborado a partir do cruzamento de informações de fontes como a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Datasus – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).     Para conhecer o conteúdo completo do estudo, clique aqui.     Dados por região    Quando considerado o indicador de mortes no trânsito por 100 mil habitantes, o Sudeste sai do topo para a última posição do ranking, com um índice de 19,8 óbitos, e São Paulo se destaca como a segunda cidade menos violenta, com 11,8 mortes. O Centro-Oeste passa a ser a região mais preocupante, com 31,8 por 100 mil habitantes, seguido por Sul (27,6), Nordeste (25,1) e Norte (23,3).    Com o mesmo indicador, é possível definir as três cidades (com mais de 20 mil habitantes) com trânsito mais letal: Presidente Dutra, no Maranhão, com 237 mortos por 100 mil habitantes; Barbalha, no Ceará, com 194,4; e Piraí do Sul, no Paraná, com 122,4. Os três municípios menos violentos são Barreiras, na Bahia, com 0,7 óbitos por 100 mil habitantes; Igarapé-Miri, no Pará, com 1,7; e Lagoa Santa, em Minas Gerais, com 1,8.   Já entre as dez maiores cidades, a que possui a taxa mais elevada de mortes por 100 mil habitantes é Recife, com 34,7, seguida de Fortaleza, com 27,1. A menos violenta é Porto Alegre, com 11,7.   Perfil de maior risco   O estudo conclui que os motociclistas são as principais vítimas do trânsito no Brasil. De 2001 a 2012, o número de óbitos entre este perfil de usuário aumentou 140%, passando de 15% para 36%. Entre ocupantes de automóveis, a proporção manteve-se praticamente estável, de 30% para 31% e, entre pedestres e ciclistas diminuiu 42%, de 52% para 30%.   Os motociclistas são os usuários mais atingidos no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, representando, respectivamente, 48,1%, 39,1% e 36,4% dos óbitos. No Sul e no Sudeste, os ocupantes de automóveis são as principais vítimas, com 36,8% e 33,4% dos óbitos. Já os pedestres representam 25,4% das vítimas fatais em acidentes viários, sendo que no Norte o índice chega a 32,3% e a 31,4% no Sudeste.

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