Cruzeiro se mostra afoito e empata sem gols com o Huracán pela Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
04/03/2015 às 00:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:13
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Mesmo com um adversário fraco pela frente, o Cruzeiro se mostrou sem sintonia e decepcionou seu torcedor ao sair do Mineirão com um empate sem gols contra o Huracán, no duelo disputado nesta terça-feira (3). Com muita vontade, mas pensando pouco, o time estrelado dominou o duelo, mas não conseguiu converter a maior presença ofensiva em bola na rede.    Com o empate, o Cruzeiro chegou aos dois pontos e divide a segunda colocação da chave com o Huracán. Os argentinos levam a melhor no número de gols feitos (dois contra zero). A liderança do Grupo 3 é do Universitário Sucre, que venceu o Mineros de Guayana, fora de casa, por 1 a 0.   O Cruzeiro voltará a campo no dia 19, uma quinta-feira, quando visita o Mineros de Guayana, em duelo que terá pontapé inicial às 20h15 (horário de Brasília). Antes, porém, o time estrelado terá dois compromissos pelo Campeonato Mineiro, sendo um deles o clássico contra o Atlético, no próximo domingo (8), no Mineirão.    Os argentinos, por sua vez, enfrentarão a altitude de Sucre no duelo contra o Universitário. A partida será realizada na próxima terça-feira (10) e terá pontapé inicial às 19h30.   TRANSPIRAÇÃO EM EXCESSO   Uma verdade: o time do Huracán é ruim. Fraco. Bem distante do que o futebol argentino costuma oferecer. Porém, mesmo jogando contra um adversário rágil tecnicamente, em casa e com apoio do seu torcedor, o Cruzeiro não se encontrou e decepcionou a todos que acompanharam a etapa inicial.    Um dos motivos que expliquem a falta de gols é a falta de sintonia entre os jogadores em meio ao excesso de vontade de tentar resolver a oportunidade criada. Em campo, era aquela velha máxima “1% de inspiração e 99% de transpiração”. Apesar de ter as rédeas da partida, os comandados de Marcelo Oliveira se mostraram extremamente afoitos para o passe final ou mesmo o chute a gol.    Prova disso foram as oportunidades criadas. No total, o Cruzeiro finalizou 12 vezes ao longo da primeira etapa, contra uma do rival. Dessas, 11 não atingiram a meta defendida por Giordano. Na única vez que o pé dos atacantes celestes esteve calibrado, aos 29 minutos, o arqueiro fez bela defesa e salvou o Huracán.   O time platino, que até pouco tempo frequentava a segunda divisão argentina, pouco acrescentou. Na parte defensiva, deixou a desejar, já que deixou espaços para o Cruzeiro trabalhar. Só chamou a atenção pelo excesso de catimba, desde os primeiros movimentos do relógio. A sensação que ficou com o apito que encerrou a primeira etapa era a de que se passasse o boi, a boiada vinha junto...   Confira a galeria de imagens do embate:     BATENDO CABEÇA   Na volta do vestiário, Marcelo Oliveira tentou consertar a efetividade ofensiva da Raposa. Willian, que se mostrou apático ao longo dos 45 minutos iniciais, deu lugar ao jovem Alisson. A mudança até que trouxe mais movimentação, porém o panorama não foi alterado.   Não mudou porque a saída de bola do Cruzeiro era afobada. Eram passes trocados sem necessidade, parecendo que a pelota queimava nos pés dos atletas celestes. Mesmo levando o rival para seu próprio campo, o time estrelado não conseguiu transformar a maior ocupação territorial em muitas chances efetivas de gol.   A grande virtude dos argentinos é que eles sabiam suas limitações. Continuaram frios em meio à pressão. Catimbaram sem medo e desceram rumo ao ataque nas poucas oportunidades de contra-golpe que tinham, assustando Fábio duas vezes.    Conforme o relógio andou, os argentinos recuaram sem medo. Se antes o Cruzeiro tinha espaços, mas não criava, nos minutos finais teve de encarar um amontoado de rivais vestidos de branco à frente da área.   Aos 43 minutos, na única oportunidade que teve cara a cara, o Cruzeiro não conseguiu anotar o gol salvador. Tudo porque Judivan recebeu passe no miolo da zaga argentina, mas mandou caprichosamente para fora na saída de Giordano. Não era a noite do time estrelado.    O QUE LEMBRAR   Da volta de Alisson. Após seis meses inativo, o meia-atacante mostrou qualidade quando teve a bola nos pés.   O QUE ESQUECER   Da afobação em excesso. O Cruzeiro poderia ter vencido com tranquilidade o adversário, mas não teve paciência para trabalhar a bola.   INÍCIO AQUÉM DO ESPERADO   O Cruzeiro somou apenas dois pontos contra dois adversários com qualidade técnica duvidosa.      FICHA DO JOGO CRUZEIRO 0 X 0 HURACÁN   CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Léo, Paulo André, Pará; Willian, Henrique, Marquinhos (Henrique Dourado), De Arrascaeta (Judivan) e Willian (Alisson); Leandro Damião. TÉCNICO: Marcelo Oliveira   HURACÁN: Giordano, Mancinelli, Hugo Nervo, Eduardo Domínguez, Balbi (Sotelo); Villarruel, Toranzo (Galegos), Vismara; Gamarra, Torassa (Montenegro) e Ramón Ábila. TÉCNICO: Néstor Apuzzo.   Data: 3 de março de 2015 Motivo: Jogo válido pela 2ª rodada do Grupo 3 da Copa Libertadores Estádio: Mineirão Local: Belo Horizonte: Árbitro: Enrique Cáceres (PAR) Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Cáceres (PAR) Cartões amarelos: Mancinelli, Domínguez, Giordano e Balbi (Huracán); Paulo André (Cruzeiro)

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