Orlando City lança corrida por sócios no Brasil e nos Estados Unidos

Estadão Conteúdo
25/04/2016 às 08:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:06
 (Divulgação/ Orlando City)

(Divulgação/ Orlando City)

Programas de sócio-torcedor tornaram-se comuns no futebol brasileiro. Na Europa, também é bastante difundido. Nos Estados Unidos, não. Lá, na relação entre torcidas e clubes, prevalece a season tickets - a compra de pacote com os jogos do time como mandante na temporada. Isso torna o projeto que o Orlando City lança, nesta segunda-feira, pioneiro no país.

O "Lion Nation" é um programa que tem as mesmas características de seus similares: oferecerá conteúdo exclusivo aos sócios e descontos em serviços e produtos. Mas há um aspecto diferente: será voltado tanto para o público americano como para o brasileiro.

Clube que tem como proprietário um empresário carioca, o Orlando City mantém uma relação próxima com o País. Seu principal jogador é Kaká, que também faz as vezes de garoto-propaganda. Há outros brasileiros no elenco, como o recém-chegado Júlio Baptista. A página no Facebook voltada para o público brasileiro tem mais de 600 mil likes - as redes sociais, inclusive, serão carro-chefe na divulgação do programa.

Assim, brasileiros que aderirem ao programa - pacotes variados, com preço a partir de US$ 9 mensais - poderão ter descontos, por exemplo, quando estiverem na cidade da Flórida. "O Brasil é um mercado relevante para nós. E considerando que o brasileiro visita muito Orlando, imaginamos que os descontos que a gente vai conseguir proporcionar na cidade vai ser interessante para ele", acredita o CEO do City, Alex Leitão.

A vice-presidente de marketing do clube, Teresa Tatlonghari, revela outro objetivo embutido no "Lion Nation" em sua relação com os brasileiros. "A ideia não é que o Orlando vire o primeiro time dos brasileiros, mas sim o segundo time, e o primeiro fora do Brasil."

O programa já nasce com 20 mil sócios só na cidade de Orlando, garante Leitão. "Fizemos um amplo estudo e criamos um programa que atendesse a cultura local, mas considerando que o futebol é um esporte global."

O fato de ser o único time da região, facilita a tarefa do City para atrair fãs do futebol. O Orlando tem média de 30 mil torcedores por partida e já tem 18 mil carnês vendidos para a próxima temporada, quando vai inaugurar seu novo estádio.

O "Lion Nation" abre a perspectiva de se tornar uma outra boa fonte de renda para o clube. "Mas agora queremos consolidar o projeto. Financeiramente, vamos pensar a longo prazo", prefere o diretor de associados do City, James Pellington.

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