Associação europeia quer proteção 24h a instituições judaicas

Estadao Conteudo
15/02/2015 às 15:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:02

Uma organização judia da União Europeia passou a exigir proteção em tempo integral de instituições judaicas após atiradores abrirem fogo contra uma sinagoga e um evento em prol da liberdade de expressão neste sábado, na Dinarmarca, matando duas pessoas. O rabino Menachem Margolin, diretor-geral da Associação Judaica Europeia, acusou os governos europeus de não agirem com intensidade suficiente para combater preconceitos e ataques antissemíticos.

Em depoimento, Margolin afirmou haver a necessidade de "proteger todas as instituições judias 24 horas por dia" e exigiu que a União Europeia tome medidas para aumentar a segurança dos locais. Ele também pediu a criação de uma força-tarefa europeia para reforçar a proteção de instituições judaicas e para organizar campanhas educacionais contra o que chamou de "antissemitismo crescente".

"Os líderes europeus precisam nos apoiar na luta contra o terror nas nossas pátrias", disse o líder da associação judaica, que tem sua sede em Bruxelas.

Na quinta-feira, chefes de Estado da União Europeia concordaram em coordenar um esforço de cooperação na área de anti-terrorismo, como resposta aos atentados em Paris no mês passado que deixaram 17 vítimas. Um dos alvos atingidos pelos terroristas foi um supermercado kosher, onde quatro reféns, todos eles judeus, foram mortos.

Após os ataques do sábado, o presidente da União Europeia, Donald Tusk, afirmou que os últimos atos de violência só serviriam para fortalecer a decisão da UE de combater todos os tipos de extremismo e terrorismo. "Nós vamos avançar nas nossas novas prioridades, definidas em acordo, na luta contra o terrorismo", disse Tusk em depoimento. "Nós vamos enfrentar essa ameaça juntos."

Neste domingo, o Instituto de Cinema Dinamarquês confirmou que o homem de 55 anos morto durante o atentado contra o evento sobre liberdade de expressão em Copenhague era o documentarista Finn Noergaard. O principal rabino da Dinamarca, Jair Melchior, identificou a segunda vítima como sendo o segurança judeu Dan Uzan, de 37 anos. Fonte: Associated Press.
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