A combinação pode parecer estranha, mas dá uma ótima liga. Há cinco anos, o vibrafonista Antonio Loureiro e o violinista Ricardo Herz vêm colocando em prática um dos duos mais inusitados da música contemporânea brasileira. O trabalho em conjunto rendeu um álbum – “Herz & Loureiro”, da Borandá – e vários shows pelo Brasil, inclusive uma participação amanhã no projeto “Domingo no Museu”.

De acordo com Loureiro, o repertório do show contempla as composições inseridas no álbum e outras que já vinham sendo trabalhadas pelos dois, mas não puderam entrar no repertório. Em sua maioria, são músicas que já haviam sido compostas por eles em carreiras solo e foram adaptadas para a combinação entre vibrafone e violino.

Novas criações vêm se construindo, especialmente porque, com o tempo, a dupla vai percebendo novas possibilidades para essa formação. “Os desafios foram se mostrando ao longo da convivência, ao longo dos ensaios. A gente foi entendendo o que fazer com a falta de graves, de baixos, e fomos entendendo as possibilidades interessantes para a formação juntos”, diz Loureiro, que foi criado em Belo Horizonte e voltou a morar na cidade natal, São Paulo, há cinco anos.

A expectativa agora é conseguir levar esse trabalho para o exterior e amadurecê-lo ainda mais. “Adoraríamos lançar um segundo disco. Mas ainda não temos ele em mente por ainda termos a possibilidade de trabalhar bastante ainda este repertório e ir inserindo coisas novas aos poucos.

Workshop

A presença de Herz e Loureiro vai além de uma apresentação. Os dois participam hoje de workshops voltados para músicos atuantes na cena musical contemporânea dentro da programação do “Oficenas”, da Fundação de Educação Artística (rua Gonçalves Dias, 320). Das 14 às 17h, com investimento de R$ 60. Herz e Loureiro no Museu de Arte da Pampulha (av. Otacílio Negrão de Lima, 16585), amanhã, às 11h. R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)

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