(Luiz Costa)
Ele largou o emprego de jornalista, juntou uma grana e, ao lado de dois amigos, percorreu de carro nada menos do que 6 mil quilômetros para acompanhar de perto a seleção da Costa Rica na Copa do Mundo do Brasil. Sebastián Castro, de 26 anos, partiu de San José em 18 de abril e chegou a Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a 2 de junho. Antes de chegar ao país-sede do Mundial, ainda passou pelo Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Paraguai. No território nacional, assistiu a todos os jogos de sua seleção, disputados em Fortaleza, Recife e Belo Horizonte. Na capital mineira, chegou há quatro dias e rasgou elogios. "Cidade fantástica, clima maravilhoso e pessoas muito agradáveis", disse. Se para muitos a boa fase da Costa Rica - a equipe venceu o Uruguai e a Itália e empatou com a Inglaterra - é apenas uma zebra, para Sebastián o resultado é a soma da união e superação de um forte elenco. "Temos um bom time e estamos mostrando o nosso valor". Agora, mais confiante do que nunca em Los Ticos - como são chamados os jogadores -, o costa-riquenho disse que o temor deve ser sentido é pelos adversários. "Não vamos parar. Que venha o próximo", afirma. VIAGEM Engana-se quem pensa que a viagem tem sido fácil. Sebastián veio em um Toyota 4x4, modelo de 1986. O veículo está em constante manutenção em todas as cidades por onde chega. A direção é passada de mão em mão com os companheiros de aventura, Oliver Nowalski, de 25 anos, e Ricardo Cerdas, de 26. Nesta terça-feira (24), após a partida no Mineirão, ele foi para a Savassi curtir o primeiro lugar naquele que era chamado “Grupo da Morte”. Já os amigos Oliver e Ricardo voltaram ao hotel, onde estão hospedados, para descansar. E a festa na região considerada principal ponto de encontro da Copa em BH foi ainda mais especial para Sebastian. O pai e o irmão dele, Luis Castro e Javier Castro, também estavam no local. "Eles vieram só para ver a partida em Belo Horizonte. E foi ótimo reencontrá-los". O próximo destino é novamente o Nordeste brasileiro. No domingo, a Costa Rica enfrenta a Grécia, em Recife. As malas ainda não estão prontas, mas a disposição é de sobra. "Ainda vamos definir que dia iremos, mas Belo Horizonte já deixa em nós um sentimento que aprendi no Brasil, ele se chama saudade", brinca.