Coreia do Sul realiza exercícios em usina nuclear contra ataques cibernéticos

Estadao Conteudo
22/12/2014 às 12:28.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27

A usina de geração nuclear de energia da Coreia do Sul informou que realiza exercícios contra possíveis ataques cibernéticos, após ameaças on-line terem sido feitas contra a companhia. A estatal Korea Hydro & Nuclear Power Co. (KHNP) informou nesta segunda-feira os dois dias de exercícios são para preparar os trabalhadores para a possibilidade de um ataque de hackers com o objetivo de desativar os sistemas de controle da usina.

A empresa e o Ministério de Energia disseram que embora o sistema de controle esteja seguro da ação de hackers, os exercícios são realizados para garantir a segurança pública.

Na semana passada, os computadores da empresa foram hackeados e dados internos, como plantas de reatores e estimativas de exposição de radiação foram divulgados na internet. Segundo a empresa, as informações não eram confidenciais.

A KHNP disse nesta segunda-feira que uma investigação sobre o caso é realizada, mas negou-se a divulgar informações sobre os trabalhos já realizados. A empresa nega que suas usinas estejam em risco de sofrer um novo ataque, afirmando que os controles dos reatores estão protegidos de um vazamento, porque não estão ligados a redes externas.

No domingo, um usuário exigiu, pelo Twitter, a interrupção das operações nas três usinas nucleares. O usuário ameaçou divulgar mais dados e realizar outro ataque se a demanda não for atendida.

Os problemas na companhia acontecem no momento em que as capacidades da Coreia do Norte de realizar ataques cibernéticos está em destaque, embora não estivesse claro se a invasão nos sistemas da estatal sul-coreana tenha relação com Pyongyang.

Os promotores sul-coreanos que conduzem a investigação e o Ministério de Energia negaram-se a comentar o fato. A Coreia do Norte não havia feito declarações a respeito da invasão ao sistemas nucleares do país vizinho.

O ataque à KHNP ficou conhecido depois que dados da empresa foram divulgados numa conta do Twitter em 15 de dezembro. Detalhes sobre os hackers são nebulosos. O dono da conta, cuja identidade não pôde se verificada independentemente, disse que a invasão foi realizada por um grupo que se opõe ao uso da energia nuclear e que seu líder está no Havaí.

O grupo exige que os três reatores nucleares da empresa sejam desligados a partir do Natal. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
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