Nível do Rio Doce cai e acende alerta para abastecimento de água

Ana Lúcia Gonçalves – Hoje em Dia
21/07/2015 às 18:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:01
 (Leonardo Morais/Hoje em Dia)

(Leonardo Morais/Hoje em Dia)

O abastecimento de água voltou a ser motivo de preocupação em Governador Valadares, no Leste do Estado. Na segunda-feira (20) o nível do Rio Doce chegou à marca de 20 centímetros negativos e nesta terça-feira (21) atingiu a marca de 32 centímetros negativos. Os bairros estão sendo abastecidos por meio de revezamento, mas se a população não economizar, pode faltar água.   De acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), com o nível do rio normal a vazão de água é de 1.023 litros por segundo (l/s), mas atualmente está em 879 l/s. Para evitar o desabastecimento, o SAAE reforçou a captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Central com a utilização da bomba submersa, instalada em meados do ano passado, no meio do rio.    E pede à população que economize água. “É preciso que a população se conscientize e adote as medidas de economia, para que não passemos por desabastecimento”, alerta o diretor adjunto do SAAE, Vilmar Rios. A prefeitura vai voltar hoje com campanhas de conscientização pelas redes sociais.   Em junho a vazão média do rio Doce em Valadares era de 356 metros cúbicos por segundo e na primeira semana desse mês estava em 167 metros cúbicos por segundo, segundo o ambientalista Henrique Lobo, membro do comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce que estuda o manancial há 32 anos.      ÁGUAS   Durante o seminário Águas de Minas III – Os Desafios da Crise Hídrica e a Construção da Sustentabilidade realizado pela Assembleia Legislativa em Valadares, no dia 7 deste mês, a presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos do CBH-Doce e também presidente do CBH-Suaçui, Lucinha Teixeira, informou que já são três anos consecutivos com chuvas abaixo da média na região.   “De outubro de 2014 a maio de 2015, choveu apenas 60% da média histórica na região. E esse déficit acumulado indica que a estiagem será semelhante ou mais severa que em 2014”, avisou.

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