Resgate do BES envolve empréstimo de 4,9 bi de euros

Estadao Conteudo
03/08/2014 às 20:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:38

O plano de resgate do Banco Espírito Santo, anunciado há pouco pelo Banco de Portugal, envolve um empréstimo de 4,9 bilhões de euros. "Tornou-se imperativo e urgente que uma solução fosse implementada para garantir os depósitos e salvaguardar o sistema financeiro", disse o presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Em comunicado, a Comissão Europeia disse que a solução encontrada ficou em linha com as regras referentes a ajudas estatais a instituições financeiras.

Costa disse que o Banco Espírito Santo será resgatado através do Fundo de Resolução, instância formada por todo o sistema financeiro português sob a supervisão direta do Banco de Portugal. Mas, como esse fundo está quase vazio, vai receber uma injeção de capital de 4,4 bilhões de euros de uma linha de crédito do pacote de ajuda a Portugal de 2011. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional emprestaram 78 bilhões de euros sob um programa de três anos, que terminou em maio. Parte do empréstimo - 12 bilhões de euros - foi provisionado para ajudar a capitalizar os bancos em caso de necessidade. Ainda há 6 bilhões de euros disponível desse montante.

Segundo banco central português, o Banco Espírito Santo será separado em dois: um "banco bom", com todos os depósitos e ativos saudáveis, e um "banco mau", com as operações problemáticas - basicamente realizadas com o próprio grupo. O novo BES será gerido pelo Fundo de Resolução.

Apenas algumas semanas atrás, o Banco de Portugal disse que o BES tinha capital suficiente para resistir a problemas em seu controlador, um conglomerado com sede em Luxemburgo envolvido em irregularidades contábeis. O BES não somente concedeu empréstimos para a controladora e suas unidades, mas também vendeu bilhões de euros de sua dívida a clientes.

Na quarta-feira, o BES anunciou prejuízo de 3,6 bilhões de euros no primeiro semestre. O Banco de Portugal esperava perda de 2 bilhões de euros, mas descobriu que a instituição continuou aumentando sua exposição à controladora e entidades relacionadas durante o segundo trimestre, contrariando orientações do banco central. Fonte: Dow Jones Newswires.
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