O Chile pelos chilenos

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
28/06/2014 às 08:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:10
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Se para o Brasil, o confronto de deste sábado (28), contra o Chile, significa manter vivo o sonho do hexa, para os chilenos a partida tem a marca de uma vingança tripla, pois nas três vezes anteriores em que o Chile passou da fase de grupos, foi eliminado pela Seleção. Isso aconteceu nas semifinais de 1962, quando eles sediaram o Mundial, e nas oitavas de final de 1998, na França, e 2010, na África do Sul.   O retrospecto é desfavorável, mas a esperança existe. E a análise do que pode acontecer no jogo de deste sábado (28), feita pelos jornalistas chilenos que fazem a cobertura do time de Sampaoli, mostra bem isso.   “Para o Chile ter chance de derrotar o Brasil é preciso fazer uma partida perfeita, assim como na vitória sobre a Espanha, na primeira fase. Para isso, é preciso dominar o meio-campo e ditar o ritmo da partida. É impossível não deixar o Brasil atacar, mas tem como diminuir o poder de ataque, marcando forte e fazendo com que a bola fique lenta”, afirma Enzo Garrido, do jornal “El Mercurio”, de Santiago.   Um aspecto que não pode ser descartado é a média de altura superior do time brasileiro. E isso é um trauma para os chilenos, como revela Pablo Gomes, do Canal 13.   “Assim como aconteceu na África do Sul, o Brasil vai tentar explorar as jogadas aéreas, já que o Chile tem uma equipe baixa. Para evitar que isso aconteça, é preciso controlar a posse de bola”, analisa.   Esperança   A fragilidade que o Brasil tem mostrado na marcação pelas laterais será o principal ponto explorado pelos chilenos. “O Sampaoli sempre opta por um time veloz, que joga duro no meio-campo e explora os contra-ataques pelas pontas. O Brasil tem uma seleção forte, mas com pontos fracos na marcação dos laterais, que sobem com muita frequência ao ataque”, revela David Oyarzum, da rádio Agricultura, de Santiago.   Juan Pablo Baquedado, do jornal “La Segunda”, garante que as costas dos laterais será o ponto mais explorado pelo Chile.   “Se o Brasil jogar mesmo com Daniel Alves e Marcelo, tenho certeza de que o Sampaoli vai explorar os espaços que os dois deixam quando vão ao ataque. Do lado do Daniel Alves, devem cair Valdívia e Vargas. Do outro lado, a função deve ficar com Aranguíz e Alexis Sánchez”, Para Brian Barry, do canal 13, Neymar, que é artilheiro da Copa, não receberá uma marcação individual, mas pode sofrer com um possível rodízio de faltas sobre ele.

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