Aluguel em São Paulo sobe acima da inflação

Luiz Guilherme Gerbelli
26/02/2014 às 08:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:17

O valor dos novos aluguéis residenciais aumentou 0,3% na cidade de São Paulo em dezembro na comparação com janeiro. Os números do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) mostram que a alta acumulada dos contratos em 12 meses chegou a 9,3% e superou a inflação no período - o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) avançou 5,7%.

A diferença entre os dois indicadores já foi maior, de acordo com a série história da pesquisa do Secovi-SP. Em agosto do ano passado, o reajuste do novo aluguel chegou a superar o IGP-M em seis pontos porcentuais. Naquele mês, os novos contratos acumulavam alta anual de 9,9%, enquanto o IGP-M - principal indicador para reajustes anuais de aluguel - avançou 3,9%.

"A tendência é um acompanhamento pari passu entre os dois indicadores. Não sei se eles vão voltar a se encontrar como ocorreu no início de 2013, mas a tendência é que de eles se acompanhem", diz Mark Turnbull, diretor de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP. "De um ano e meio para cá, o mercado de imóveis vem se adequando às situações macroeconômicas, como crescimento menor, inflação em alta e aumento da taxa Selic."

Os contratos dos imóveis de dois dormitórios foram os que tiveram maior aumento de preço em janeiro, alta de 0,6%. Na sequência apareceram as moradias de três dormitórios, avanço de 0,2% no valor, e, por fim, os imóveis de um quarto, cujo preço ficou estabilizado. Segundo o levantamento, o prazo médio para um imóvel vago ser alugado foi de 15 dias a 37 dias, sendo entre 15 dias e 36 dias para casas, e de 20 dias a 41 dias para apartamentos.

Para os contratos de locação, o fiador foi o tipo de garantia mais utilizado nos contratos residenciais e escolhido por 48% das pessoas. Na sequência apareceram o depósito (32%), e o seguro-fiança (20%).

Bairros

Em relação ao comportamento por bairros da cidade de São Paulo, o bairro Jardins teve o metro quadrado mais caro nos contratos de locação de janeiro. Para residências de um dormitório, a faixa de preço por metro quadrado variou de R$ 36,26 a 40,33; nos imóveis de dois dormitórios, os valores foram de R$ 37,38 a R$ 40,41, e nos de três dormitórios a faixa foi de R$ 33,65 a R$ 35,09.

"Os imóveis de três dormitórios podem ser mais baratos porque a procura não é tão grande e ainda existe uma oferta razoável", afirma Turnbull. "A procura é maior por residências com um e dois dormitórios."

Os valores mais baixos por metro quadrado foram encontrados em São Mateus. A faixa de preço para imóveis de um dormitório variou de R$ 13,58 a R$ 15,24 por metro quadrado para imóveis de um dormitório; de R$ 12,17 a R$ 13,10 nos de dois dormitórios, e de R$ 10,37 a R$ 12,33 para os de três dormitórios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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