IBGE; demanda de empresas freia expansão dos serviços

Daniela Amorim
22/01/2014 às 10:54.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:30

A menor demanda do setor empresarial explica a desaceleração no crescimento nominal do setor de serviços nos últimos meses, explicou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento na receita dos serviços foi de 8,6% em novembro de 2013 ante novembro de 2012. Em outubro, a expansão tinha sido de 8,8%. Em setembro, a alta alcançou 9,7%. Todos na mesma base de comparação.

"Realmente nos últimos três meses a gente observou essa desaceleração. O setor de serviços é uma função principalmente da demanda empresarial. Então, o que a gente pode observar é que a demanda empresarial está apresentando uma retração. E isso vai se refletir no setor de serviços", justificou Saldanha. Os serviços com maior peso no total da pesquisa são os segmentos de informação e comunicação, administrativos e complementares, e transportes.

"Eles são serviços predominantemente prestados às empresas. Os serviços prestados às famílias estão num patamar ainda bastante elevado, acompanhando uma tendência normal de crescimento da renda da população. Mas o consumo das famílias é uma parte da pesquisa, e essa parte pesa muito pouco (no total nacional)", lembrou o técnico do IBGE.

Segundo Saldanha, a variação acumulada no ano de 2013 mostra uma tendência de estabilização no crescimento dos serviços desde abril do ano passado. "Na variação acumulada no ano, a gente pode observar uma estabilização da taxa em torno de 8,5% desde abril de 2013. A variação acumulada elimina um pouco essas grandes oscilações de um mês para outro", apontou.


Famílias


Apesar da desaceleração na passagem de outubro para novembro, os serviços prestados às famílias mantêm a tendência de crescimento, segundo Roberto Saldanha, técnico da coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão do segmento foi de 10,5% em novembro de 2013 ante novembro de 2012. Em outubro, a alta tinha sido de 12,6%.

Saldanha ressalta que a variação da taxa acumulada no ano, que em novembro ficou em 10,3%, mantêm-se em trajetória ascendente desde março de 2013. Ele aponta que o movimento é compatível com o crescimento das vendas no varejo apontado pela Pesquisa Mensal de Comércio e da massa salarial verificado pela Pesquisa Mensal de Emprego, ambas do IBGE.

"A massa salarial cresceu 4,5% de março a novembro de 2013. Então, o crescimento do consumo das famílias se mantém aquecido enquanto a renda das famílias estiver crescendo. Principalmente nessa parte de alimentação, que é o principal componente dos Serviços prestados às famílias", observou Saldanha.
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