Monarca do Atlético é soberano na artilharia dos clássicos no Mineirão

Felipe Torres - Do Hoje em Dia
20/01/2013 às 16:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:49
 (Marcelo Prates/Arquivo Pessoal)

(Marcelo Prates/Arquivo Pessoal)

Braço direito erguido e punho cerrado. Os gritos que vêm da metade alvinegra das arquibancadas do Mineirão eclodem: “Rei, rei, rei, Reinaldo é nosso rei”. Do outro lado, os torcedores celestes lamentam. “O carrasco voltou a aprontar”, pensam muitos deles.

Reinaldo Lima dispensa apresentações. Maior ídolo da história do Atlético, o eterno camisa 9, ao longo da carreira, também se tornou o pesadelo do Cruzeiro.

Tanto que nos clássicos disputados no Gigante da Pampulha, o Rei continua sendo o maior artilheiro do encontro. São 15 gols em 47 duelos. “Encarar o rival sempre teve um sabor especial. Era aquele jogo que dava vontade de vestir a camisa logo e decidir”, lembra.  

E decidir estava mesmo no seu roteiro quando pisava no gramado para ficar frente a frente com a turma estrelada. A estreia em clássicos de Reinaldo aconteceu na Taça Minas Gerais de 1973, quando ele mal tinha completado 16 anos. O atacante substituiu Campos na derrota do Galo, por 2 a 0.

Garoto

Menos de um ano depois, o craque começaria a estufar as redes celestes. Em 3 de março de 1974, pelo Torneio dos Grandes, fez a massa vibrar no Mineirão ao anotar seus dois primeiros gols na Raposa e decretar os 3 a 1 do Atlético. O garoto surpreendeu um time de peso do Cruzeiro, formado, nada menos, por Nelinho, Perfumo, Procópio, Palhinha e companhia.

“Aprendi a gostar do clássico porque ele mexia com toda a cidade e o Estado. Gerava grande repercussão. Assim, seria complicado exaltar apenas um. Muitos se tornaram inesquecíveis para mim”, garante o Rei.

Show

Porém, alguns deles certamente ficaram marcados na lembrança do matador, como as finais do Estadual de 1976 – disputadas em abril da temporada seguinte.

No segundo confronto, a jovem dupla Reinaldo (20 anos) e Marcelo Oliveira (22), hoje o técnico celeste, brilhou contra uma experiente Raposa, nos 2 a 0 do placar. O título recuperou para o Atlético a hegemonia do futebol mineiro, então nas mãos do Cruzeiro.

O alvinegro não dava a volta olímpica no Mineirão desde 1970. Além disso, não levava a melhor numa decisão diante do “inimigo” azul há 14 anos. O último gol de Reinaldo contra o clube celeste foi em dezembro de 1984, também pelo Estadual, na vitória (1 a 0). “Quem me viu jogar, nunca mais vai ver nada igual”, resume o Rei.

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