Reduzir ainda mais a mortalidade materna e melhorar a mobilidade urbana são dois dos principais desafios a serem enfrentados pelos gestores públicos de Belo Horizonte, nos próximos anos. Essas metas, estabelecidas a partir dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de 2000, ainda não foram alcançadas.
O balanço foi apresentado no lançamento do Relatório do ODM da capital mineira, referente a 2014. Conforme o documento, hoje, a cada 10 mil gestantes em trabalho de parto, 35 vão a óbito, enquanto o propósito é chegar a, no mínimo, 33.
“Estamos bem próximos da meta. Naturalmente, daí para baixo fica mais difícil reduzir, mas temos muitos avanços a comemorar”, afirmou o prefeito Marcio Lacerda.
Resultados
Do total de 15 metas, BH conseguiu atingir nove, relacionadas à pobreza, mortalidade infantil e ao saneamento. Segundo o relatório, 15,3% das pessoas viviam abaixo da linha da pobreza em 1991, o índice caiu para 6,2% em 2010.
Quanto à morte de crianças menores de um ano, a meta era reduzir em dois terços a marca até este ano. O número de mortos a cada mil nascidos vivos, caiu de 34,6, em 1993, para 9,7 em 2013, antes do período estabelecido pela ONU.
No caso do saneamento, a meta era reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável e ao esgotamento sanitário. Há cinco anos, BH atingiu 98% e 95,7% da população com esses acessos, respectivamente.
“Belo Horizonte está muito bem posicionada, mas a evolução é sempre bem-vinda, a gente quer sempre estar evoluindo”, disse o assessor especial sobre Desenvolvimento Sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Brasil, Haroldo Machado Filho, também presente no evento.