Goleiros de Cruzeiro e Atlético protagonizam duelo no clássico da semifinal

Alberto Ribeiro e Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
18/04/2015 às 07:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:41

Os times de Cruzeiro e Atlético que vão a campo às 16h nesse domingo (19), no Mineirão, para decidir uma vaga na final do Campeonato Mineiro, têm como referências e maiores ídolos os goleiros Fábio e Victor. Mas, com quase 95 anos de história, o maior clássico mineiro poucas vezes foi marcado pelo duelo, mesmo que à distância, entre os donos da camisa 1.   A história desses confrontos começa ainda na década de 30, quando Geraldo II e Kafunga eram sinônimo de segurança nas metas de Palestra Itália e Atlético, respectivamente.   Na Era Mineirão, no início dos anos 70, Raul reinava absoluto nas Minas Gerais até ganhar um concorrente de peso, quando o Galo apostou no uruguaio em Mazurkiewicz, que desembarcou em Belo Horizonte com a fama de ser o melhor goleiro do mundo.   Entre 1995 e 1998, foi a vez de Taffarel e Dida, então companheiros de Seleção Brasileira, ganharem os holofotes dos clássicos.   Agora, nas mãos de Fábio e Victor estão depositadas as esperanças de cruzeirenses e atleticanos na batalha pela vaga na grande decisão do Estadual.   Protagonistas das duas equipes, Fábio e Victor já fizeram confrontos marcantes no clássico mineiro. O último deles, na decisão da Copa do Brasil do ano passado. Na ocasião, o camisa 1 do Atlético levou a melhor sobre o cruzeirense.    Neste domingo (19), o arqueiro alvinegro espera que a situação se repita. Para isso, conta com um ótimo retrospecto contra Fábio. Em 14 duelos, superou o adversário em seis oportunidades, contra apenas duas vitórias do capitão da Raposa, além de seis empates.   Para se classificar, o Galo precisa vencer. “O Cruzeiro joga pelo empate, mas não vejo isso como uma grande vantagem, pois temos um retrospecto bom jogando o Mineirão. Já buscamos vitórias em outras oportunidades, e não vejo desespero nenhum nessa situação. Nesses últimos anos, nós provamos que somos um time de superação”, acredita Victor.   Mais acostumado ao confronto, Fábio demonstra cautela. Há uma década na Raposa, o goleiro de 34 anos disputará o 46º clássico. Com ele em campo, o Cruzeiro soma 20 vitórias, 13 derrotas e 12 empates.   Apesar da confiança, Fábio admite a preocupação com o desgaste físico do grupo. Na terça-feira, o time celeste terá uma decisão contra o Universitario de Sucre, da Bolívia, pela Libertadores. Por isso, ele pede atenção redobrada. “A gente está focado e pensando somente em jogar. Estamos concentrados no nosso objetivo, que é buscar a vaga na final”, disse.   MUDANÇAS   Com dois jogos importantes em pouco mais de 48 horas, o técnico cruzeirense Marcelo Oliveira cogita escalar um time misto. Ontem, ele comandou um treino com portões fechados na Toca da Raposa II. Segundo o treinador, foi uma oportunidade para aprimorar as jogadas ensaiadas. No clássico, ele pode contar com a volta do atacante Marquinhos, recuperado de lesão muscular.   Já na Cidade do Galo, a tarde foi de atividade regenerativa. Sem poder contar com o zagueiro Leonardo Silva, suspenso, e provavelmente com o lateral-direito Marcos Rocha, lesionado, o técnico Levir Culpi deu a entender que não poupará outros jogadores visando o jogo de quarta-feira contra o Colo-Colo, no Independência.

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