A Polícia Civil de Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais, apresentou nesta quarta-feira (25) o motorista Everton Nunes da Silva, de 31 anos, suspeito de estupros e assassinatos em série. Ele é apontado como o responsável por pelo menos três homicídios e cinco estupros, mas as autoridades acreditam que mais vítimas possam ser descobertas durante a investigação.
Uma característica que chamou a atenção nos crimes é que a maioria das vítimas se chama Cristina, nome da ex-mulher do suposto maníaco. Segundo o delegado regional de Paracatu, Edson Rogério de Morais, todas as vítimas tinham entre 24 e 30 anos, de boa aparência. Os estupros teriam sido cometidos ao longo de 2014 e os homicídios entre dezembro do ano passado e janeiro. O suspeito, que era motorista de transporte escolar, está preso desde 3 de fevereiro e recolhido no presídio da cidade. A investigação, feita em parceria entre a Delegacia de Mulheres e de Homicídios de Paracatu, ainda suspeita de um outro homicídio em uma região próxima, onde há suspeita da autoria de Everton. “Ele pode ser considerado um assassino em série, pois os três homicídios, entre dezembro e janeiro, possuem a mesma forma de planejamento, execução, abordagem, características das vítimas. Há indícios que as mulheres assassinadas também foram estupradas antes de morrer”, afirmou o delegado Edson. Apesar do suspeito negar os crimes, cinco vítimas que sobreviveram reconheceram o motorista como autor dos estupros. Outras vítimas, que não chegaram a registrar boletim de ocorrência, são esperadas, segundo a Polícia Civil. O suspeito irá aguardar o fim da investigação preso. Abordagem das vítimas O delegado Edson informou que o suspeito abordava as vítimas na saída de festas da cidade, oferecendo carona. “Como ele era bem apessoado e articulado, atraía as mulheres. Em determinado momento, ele desviava a rota e ia para a zona rural da cidade, onde cometia os crimes”, afirmou Morais. As vítimas de homicídio foram identificadas como Niliane da Silva Couto, de 30 anos, desaparecida em 26 de dezembro de 2014; Débora Soares Braga, de 27 anos, desaparecida desde o dia 31 de dezembro; e Kelen Cristina Mateus, de 24 anos, desaparecida desde o dia 30 de janeiro deste ano. Todas elas foram encontradas em estradas de terra, na zona rural de Paracatu.