Às vésperas da Páscoa, nesta coluna uma reflexão de enorme significado e profundidade, pelas sábias palavras e ensinamentos de Magid Saab, um dos pastores mais ungidos da Igreja Batista Central de BH e autor do livro “O Bom Combate: Um guia prático de preparação para a batalha espiritual”.
“A origem da Páscoa remonta ao tempo do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Páscoa foi instituída por Deus e celebrada como um MEMORIAL para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio Deus os libertou com mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó, conforme relatado no livro de Êxodo cap. 12.
A palavra Páscoa (hebraico pessach = passagem, passar sobre) faz alusão ao que ocorreria no momento da décima praga, quando os primogênitos no Egito seriam mortos. Segundo a ordem de Deus, cada família dos hebreus deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de sua casa. Este seria o sinal para que o mensageiro da morte não entrasse. Ao vir o sangue ele PASSARIA SOBRE as casas (Êx 12:13). Com esse último golpe, Faraó permitiu que o povo de Israel fosse livre da escravidão.
A simbologia da Páscoa é extremamente rica. Em relação ao CORDEIRO, figura de Jesus (1 Co 5:7), aponta para a obra de Jesus, caracterizada por:
Amor: o cordeiro era separado no 10º e sacrificado no 14º dia do mês de Abibe. Por 5 dias ele ficava no interior da casa. Isto fala que Jesus foi separado para nós a priori. O cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (1 Pe 1:20). Deus nos ama e já havia providenciado salvação, antes mesmo de nos haver criado.
Obediência: O cordeiro, macho e sem defeito, deveria ser comido assado e não cru. Isto aponta para a obediência de Jesus, que andou sem pecar. Toda sua vida e todo o seu íntimo passaram pelo fogo e ele foi aprovado. Por isso, ele tornou-se o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Salvação: O sangue do cordeiro deveria ser passado nas laterais e na parte superior das portas. Por causa do sangue, o anjo da morte não poderia entrar. Nada poderia fazê-lo entrar. A proteção era total!!
Provisão: Todos da família comiam do cordeiro. Devemos usufruir toda provisão que Jesus tem para nós e não viver como mendigos espirituais.
A simbologia da Páscoa é igualmente rica em relação a congregação de Israel, figura da Igreja de Jesus. Na vida da Igreja precisa haver:
Comunhão: Toda a família tinha que estar debaixo do mesmo teto e participar junta em plena comunhão e unidade. Não há como viver igreja, sozinho, sem querer se reunir e se comprometer.
Gratidão: O cordeiro deveria ser comido com ervas amargosas, o que aponta para o amargor da escravidão no Egito. Como foi terrível. Onde estaríamos se não fosse o Senhor? Devemos ser gratos a Jesus por tudo o que ele fez por nós.
Prontidão: O cordeiro deveria ser comido apressadamente. O povo deveria estar pronto para sair. O Egito não é o nosso lugar. Somos separados para Deus. Também devemos estar prontos para ir onde o senhor nos enviar.
A Páscoa aponta também para a Ceia do Senhor. Jesus instituiu a Ceia quando celebrava a Páscoa com os discípulos. Ambas são MEMORIAIS. A Ceia, como o próprio Jesus afirmou, lembra seu sacrifício por nós, quando ofereceu seu corpo e derramou seu sangue em nosso favor.
Ao instruir a Igreja de Corinto sobre a Ceia, Paulo orientou que nas celebrações, fosse anunciada a morte do Senhor, até que ele venha (I Co 11:26). Isto significa dizer que Jesus não apenas morreu, mas RESSUSCITOU. Ele está vivo e voltará em breve para buscar a sua igreja. Esta é a palavra de ESPERANÇA que Paulo trouxe à Igreja de Tessalônica. Haverá um novo céu e uma nova terra e estaremos para sempre com o Senhor.
Quando você pensar em Páscoa, pense em ESPERANÇA”.
Amém!!